Eduardo Fernandes incita município a ressarcir famílias pela não aceitação dos passes de estudante e idoso
Domingos Bragança reconheceu que “no início houve algumas dificuldades”, mas são "questões ultrapassadas"

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Foi através de contas rápidas e simples que Eduardo Fernandes calculou o impacto resultante da não aceitação dos passes de estudante e idoso na Ave Mobilidade.
Durante o período duas a três semanas em que não foi possível utilizar os referidos passes, as famílias viram o seu orçamento familiar sobrecarregado devido ao pagamento de bilhetes cujo valor não será ressarcido.

“Se for dois euros e meio por viagem, são cinco euros por dia. Uma família com dois filhos são dez euros. Cinquenta euros por semana. São 100 ou 150 euros por mês que não estavam previstos”, começou por explicar Eduardo Fernandes, que substituiu o vereador social-democrata Bruno Fernandes.
Feitas as contas, indagou Domingos Bragança se fazia intenção de ressarcir as famílias pelo prejuízo resultante do não cumprimento do contrato da concessão.
“Foram-nos chegando vários casos de famílias com dificuldades. A questão dos jovens é mais sintomática porque são pessoas que fazem deslocações essenciais, neste caso para instituições de ensino e não para situações pontuais”, afirmou aos jornalistas no final da reunião de Câmara.
Neste sentido, sugere que “todos aqueles que guardaram os títulos de viagem fossem ressarcidos. Ou seja, que de alguma maneira o município pudesse assumir essa despesa, uma vez que estão a assumir, em Guimarães, um serviço que a própria CIM do Ave não oferece”.
Apesar de não responder diretamente à questão, Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães e simultaneamente da CIM do Ave, começou por reconhecer que este se tratou de um contrato já lançado no anterior mandato e que não corresponde na totalidade àquelas que eram as suas expectativas. O edil ditou a sua preferência por uma rede de mobilidade entre municípios mais sustentável, nomeadamente através de uma frota composta em grande parte por veículos elétricos.
Reconhecendo que “no início houve algumas dificuldades” no entendimento do contrato da concessão, garante que essas são “questões ultrapassadas”, mas às quais o município estará “vigilante”.
Relativamente à Ave Mobilidade, Bragança expõe um outro problema: Guimarães comparticipa financeiramente os passes de todos aqueles que daqui saem para outros concelhos, nomeadamente concelhos fora do Ave, mas nem todos os concelhos o estão a fazer.
Desta forma, o município vimaranense apela a que “as mesmas condições que Guimarães dá, também as receba”. Exemplificou as áreas da CIM do Cávado, CIM do Tâmega, e área metropolitana do Porto.
“Temos esse problema especialmente nos estudantes do IPCA. Há estudantes que vêm de outros concelhos estudar para Guimarães e não têm comparticipação do transporte”, exemplificou o autarca.





