“Está ocupado a 80% em avenças, quando na verdade o regulamento municipal aponta para 30%”, referiu a vereadora, acrescentando que entende as dificuldades na gestão ao nível de estacionamento numa cidade, no entanto, lembra o regulamento municipal que “extravasa a cota de ocupação por avenças”.

A preocupação aumenta quando se fala em pedonalização e consequente condicionamento do trânsito, situações que estão a ser alvo de estudo de impacto, por parte do município. “Falta quem nos diga como vai resolver essa questão. Fechando-se o centro da cidade, o dilema do estacionamento vai aumentar e não queremos cidades desertificadas”, disse aos jornalistas Vânia Dias da Silva.

Já Domingos Bragança, presidente da câmara municipal de Guimarães, deu conta na sessão que não concorda “que os parques de estacionamento se transformem em garagens”, e disse também que, “se o regulamento municipal não foi cumprido, deveria ter sido”.

Recorde-se que a gestão dos parques de estacionamento da cidade está entregue à empresa municipal Vitrus. No final, aos jornalistas, o autarca vimaranense avançou que a autarquia iria “perceber o que se está a passar para diminuir às avenças do ponto de vista da legalidade”.

Entretanto, não há perspetiva de alargar a oferta ao nível de aparcamento na cidade, pelo menos até ao final do atual mandato. Domingos Bragança entende que “as cidades devem ser devolvidas aos cidadãos e não aos carros” e que, para isso, é necessário criar infraestruturas de apoio: “E uma delas poderá ser mais parques e um que se coaduna é na Alameda Alfredo Pimenta, que tem uma grande extensão. Têm-me proposto um parque no Largo República do Brasil e tenho recusado, não condiz com cidade ecológica e verde”.