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BE questiona opções do Governo para a ligação Guimarães-Braga

A ligação por metro de superfície é “essencial para a mobilidade entre o Quadrilátero..."

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O deputado do Bloco de Esquerda, eleito pelo círculo de Braga, José Maria Cardoso, colocou em causa, na quarta-feira, dia 4, a opção do Governo para a ligação entre Guimarães e Braga e o aparente abandono da ligação entre as cidades do Quadrilátero.

O deputado do BE entende que a ligação por metro de superfície é “essencial para a mobilidade entre o Quadrilátero urbano numa visão mais abrangente e mais integrada, até porque estamos a falar de uma população superior a 600 mil habitantes, que vive e trabalha na região”.

“No início deste ano, esta era a solução apontada pelos autarcas, foi inclusivamente constituída uma equipa de trabalho com técnicos municipais e da Universidade do Minho, para estudar a viabilidade de projeto”, lembrou o deputado do Bloco de Esquerda.

O parlamentar do Bloco classifica a proposta, apresentada pelo Governo, como “redutora”. José Maria Cardoso fala, com ironia, da recuperação da imagem dos tróleis (autocarros elétricos que circularam em Braga, entre 1963 e 1979. O deputado pretende saber se há estudos que sustentem a opção do Governo pelo BRT (bus rapid transit), em detrimento do metro de superfície e se vai ser construída uma via dedicada. José Maria Cardoso questionou também o governo sobre o tipo de motorização dos autocarros. Recorde-se que Domingos Bragança já se comprometeu com a utilização de autocarros elétricos nesta ligação.

O deputado do BE quer saber por que razão é que o Governo reduziu a proposta à ligação entre Guimarães e Braga, deixando de fora as outras cidades do Quadrilátero, Barcelos e Famalicão.

O investimento no “metrobus”, para ligar Guimarães a Braga, foi apresentado pelo ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, numa rubrica intitulada “Promoção de Soluções Inovadoras e Inteligentes de Mobilidade Urbana”, dotada de 200 milhões de euros, embora exista no Plano Nacional de Investimento outra rubrica dotada de 200 milhões de euros, nomeada como, “Desenvolvimento de Sistemas de Transportes Coletivos em Cidades de Média Dimensão”. O BE pretende saber a origem destes fundos e se eles se destinam a investimentos ou a candidaturas a projetos.

Alta velocidade vai começar por ligar Braga a Vigo

Na resposta o Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, anunciou que a alta velocidade começará por ter um primeiro troço, em linha nova, entre Braga e Vigo e, numa segunda fase, será construído o troço Braga-Aeroporto Sá Carneiro.

Apesar do ministro do Ambiente já se ter pronunciado contra a ligação por metro entre Guimarães e Braga, na descrição do investimento, que pode ler-se na página do governo, a porta à possibilidade da construção de uma linha de metro não fica fechada: “criar sistemas de transportes públicos de elevada capacidade, nomeadamente sistemas tipo BRT, Metro Bus ou outros que se revelem economicamente viáveis, que permitam dotar zonas urbanas e suburbanas de cidades com mais de 100 mil habitantes que não disponham de soluções de transportes urbanos de alta capacidade ou de capacidade elevada”.

A questão que já foi colocada pelo presidente da Câmara de Braga e pelo próprio ministro, é a viabilidade económica do projeto.

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