A habitação foi apontada como a principal preocupação. Joaquim Teixeira destacou que “não basta ajudar a pagar a renda, é preciso construir mais habitação a preços acessíveis”, sublinhando que a autarquia deixou de construir habitação social há cerca de duas décadas. O candidato propõe, por isso, a criação de uma equipa com meios técnicos e económicos para assegurar que anualmente seja inscrita no orçamento municipal uma verba dedicada à construção de habitação social, de forma a apoiar os jovens que pretendem formar família.

A preocupação com a instabilidade laboral e a valorização do associativismo cultural também marcaram intervenções. Joaquim Teixeira criticou a política cultural municipal por “discriminar associações de pequena dimensão” e prometeu contrariar esta postura.

Francisca Sousa, de 24 anos e professora, destacou a importância da Assembleia Municipal como órgão de debate e decisão sobre assuntos que afetam a comunidade. A candidata enfatizou que o Bloco “tem representado desde 2005 uma voz ativa, defendendo direitos humanos, igualdade de género, inclusão de pessoas LGBT, políticas de habitação e transporte, e o combate à violência contra as mulheres”.

A mobilidade e o ambiente foram outros temas centrais da intervenção de Francisca Sousa. A candidata propõe “um sistema de transportes públicos eficiente, com horários adaptados à vida da cidade, gratuito e integrado na rede ferroviária regional”. No urbanismo, defende corredores verdes e soluções para a expansão controlada do solo urbano, garantindo um planeamento ambientalmente sustentável.

© Eliseu Sampaio/Mais Guimarães

Bloco defende necessidade de integrar imigrantes

A candidata Francisca Sousa destacou ainda a inclusão social como um eixo central da atuação do Bloco de Esquerda em Guimarães. Segundo ela, é fundamental criar políticas que promovam a integração de imigrantes, assegurando que novas comunidades sejam acolhidas e possam participar ativamente na vida da cidade, evitando situações de isolamento ou discriminação.

Além disso, sublinhou a “necessidade de apoiar famílias em situação de vulnerabilidade, através do reforço de serviços sociais, programas de habitação acessível e acesso a recursos educativos e culturais”.

A desigualdade entre freguesias e bairros foi outro ponto enfatizado, com Francisca Sousa a alertar para o risco de algumas zonas ficarem marginalizadas no crescimento urbano e na distribuição de serviços públicos. Para a candidata, uma cidade justa exige atenção às necessidades de todas as áreas, garantindo que investimentos e políticas públicas beneficiem todos os residentes de forma equitativa.

A igualdade de género foi igualmente destacada, com a candidata a lembrar que a lista do Bloco para a Assembleia Municipal apresenta paridade entre homens e mulheres, refletindo o compromisso do partido em promover a participação plena das mulheres na política local e combater desigualdades estruturais.

Francisca Sousa concluiu afirmando que “o futuro não se constrói em gabinetes, constrói-se nas ruas, nas freguesias, nas escolas, nos bairros. Com todos”, reforçando a visão do Bloco de “uma Guimarães mais verde, inclusiva, participativa e humana, onde políticas de proximidade e cidadania ativa orientam o desenvolvimento da cidade”.