Segundo os bloquistas, “o desinvestimento no Serviço Nacional de Saúde e sua fragmentação têm constituído graves retrocessos, num país e distrito que viram, há 50 anos, a Democracia desbravar decididamente o caminho para um acesso universal, geral e gratuito à saúde”.

A CCD de Braga do BE acrescenta que “pugnará por um serviço que não se vergue à maior ou menor lucratividade dos pacientes ou serviços, e lutará para que não se concretize mais este passo de desmantelamento e entrega a interesses privados do Serviço Nacional de Saúde”, considerando “inaceitável que a prioridade deste governo, liderado por um Primeiro Ministro que não tem a confiança dos portugueses nem do Parlamento, seja a de avançar com negócios que resultarão em sérios prejuízos para os utentes”, pode ler-se.

O Conselho de Ministros, reunido a 07 de março, tomou a decisão de lançar o processo de atribuição de cinco parceiras público-privadas (PPP) em cinco hospitais: Braga, Loures, Amadora-Sintra, Vila Franca de Xira, que já tiveram gestão privada “com bons resultados” vincou o Governo, e também o hospital Garcia de Orta, em Almada.

Este anunciou foi feito em conferência de imprensa pelo Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que acrescentou que três destes hospitais “tiveram experiência recente de PPP, e outro teve uma experiência mais antiga”, todas avaliadas como prestando “aos utentes melhores cuidados de saúde a um preço mais baixo”.

O Hospital de Braga já funcionou durante 10 anos em PPP, um modelo que terminou em 31 de agosto de 2019, numa altura em que a ministra da Saúde era a socialista Marta Temido.