BOLSA QUE PODE TER 1001 LOOKS APRESENTADA HOJE
Sessão decorre pelas 21h00, na Plataforma das Artes.
E se uma bolsa de senhora pudesse ter inúmeros padrões, que são alterados sucessivamente, combinando com a nossa roupa, o estado de espírito ou o contexto? E se, além de permitir esta liberdade criativa, a bolsa evitasse o desperdício de recursos naturais, protegendo o ambiente? O projeto, chamado Llayer foi amadurecido durante um ano pela vimaranense Ana Cotter, na Universidade do Minho, através dos laboratórios de ideias e de empresas da TecMinho, e teve o apoio técnico da Escola de Moda do Porto. A sua apresentação oficial é esta sexta-feira, às 21h00, no Espaço Empresa da Plataforma das Artes e Criatividade, sendo a entrada livre.
Na prática, trata-se de uma bolsa de senhora à qual se vão adaptando camadas exteriores, que alteram por completo o aspeto geral. “Essas camadas podem ser facilmente substituídas e com a liberdade criativa de cada um”, nota Ana Cotter. O produto é fabricado no Norte do país, em edições limitadas e, nesta primeira coleção, em pele natural. Destina-se a fashion lovers com múltiplas atividades ao longo do dia, que podem assim levar consigo as camadas amovíveis, já de si leves e compactas, para fazer personalizações rápidas e versáteis do look da bolsa.
“A ideia é romper barreiras, permitir a cada um acompanhar melhor as tendências e até criá-las”, assinala Ana Cotter, realçando que a moda “move milhões de pessoas, mas não deve ser tratada como algo fútil, é a nossa forma de expressão”. A versatilidade da bolsa pode também contribuir para a imagem de quem a utiliza. “Nós somos feitos de camadas a vários níveis. E estas camadas da bolsa (llayers) são formas de expressão que fazem uma ligação com o mundo, são traços de personalidade espontâneos e conscientes”, define a empreendedora.
O projeto Llayer enquadra-se na filosofia lean, procurando a otimização de tempo, espaço e recursos. “Já não é preciso fazer uma segunda bolsa para o mesmo consumidor, ou seja, no fabrico evita-se o desperdício de recursos naturais, de trabalho manual e a poluição”, acrescenta. O conceito nasceu da interação regular de Ana Cotter com várias indústrias, ao ver os desperdícios nos processos de produção. “Deve-se pensar o design antes da criação”, insiste.
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