A decisão, anunciada já na passada sexta-feira na Assembleia Municipal, foi reiterada na reunião descentralizada do Executivo, realizada esta segunda-feira, 29 de setembro, no Avepark. Domingos Bragança sublinhou que a realização da sessão dependerá de um “consenso alargado” entre os partidos.

“Não quero que se diga que o presidente da Câmara está a interferir em plena campanha eleitoral, nem que aprovar o PDM é uma obsessão do presidente de Câmara. O que me move é o interesse público de Guimarães, e por isso ouvirei todos os partidos antes de decidir”, afirmou, acrescentando que o encontro contará também com a presença do presidente da Assembleia Municipal, João Torrinha.

Durante a mesma reunião, foi igualmente aprovada  a proposta que invoca o interesse público para travar um segundo pedido de providência cautelar contra a revisão do PDM. A oposição optou pela abstenção.

O vereador social-democrata Ricardo Araújo criticou a forma como o processo tem evoluído, considerando que se transformou “numa guerra de sombras que prejudica o concelho”. Defendeu ainda que é tempo de “assumir posições claras”, em vez de recorrer a “subterfúgios”.

Em resposta, Domingos Bragança reiterou que a suspensão prolongada do processo colocaria em causa o desenvolvimento estratégico do município. “O PDM não é matéria para os tribunais, é um documento político que deve ser decidido pelos órgãos próprios. Se não for neste mandato, ficará para o próximo, mas a deliberação não pode ser adiada indefinidamente”, sustentou.