Bruno Duarte, em São Paulo: “Tive um momento em que percebi que era mais importante ficar com a minha família”

Avançado vitoriano falou aos jornalistas através de uma videoconferência organizada pelo Vitória.

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Avançado vitoriano falou aos jornalistas através de uma videoconferência organizada pelo Vitória. Bruno Duarte, em São Paulo, acha que ainda vai levar algum tempo até que os campeonatos europeus retomem atividade.

© VSC

Bruno Duarte voltou a São Paulo no último domingo. Com a pandemia da Covid-19 a trocar as voltas ao mundo, decidiu, inicialmente, ficar por Guimarães durante duas semanas. “Mas tive um momento em que percebi que era importante ficar com a minha família e isso pesou mais”, explicou, esta quinta-feira, em mais uma das videoconferências organizadas pelo Vitória, nas quais os jogadores falam aos jornalistas sobre a sua experiência de isolamento social.

O brasileiro garante ter feito “todos os cuidados” para chegar a São Paulo, onde vai acompanhando os treinos dos restantes colegas de equipa, ainda que num fuso horário completamente diferente. Agora, perto da família, garante estar “mais tranquilo”. Sem perspetivas para voltar a Portugal no imediato, Bruno Duarte acredita que, “pelo andar da carruagem”, a situação “ainda se vai estender durante muito tempo para que se possam retomar os campeonatos europeus”.

Por São Paulo, o avançado, notou que “havia já um certo receio e medo da população”. “Inclusive no voo que eu peguei, foi declarado que não poderiam voar estrangeiros. Isso trouxe algum conforto. Quando cheguei aqui, todas as lojas e mercados estavam fechados”, contou. Acerca da posição de Jair Bolsonaro relativamente à pandemia e às declarações polémicas do presidente brasileiro, Bruno Duarte acredita que “ele deve estar bem assessorado e tem de ter alguma certeza sobre o que está a falar”. O atleta frisou, no entanto, que não se pode dizer “que a economia é mais importante que a saúde”, mas opina que “nem as pessoas se devem apavorar e ficar com a cabeça cheia”. “É uma decisão muito complicada, mas tem de ter união e toda a consciência e cuidado possíveis para que o vírus não se espalhe tanto pelo Brasil e pelo resto do mundo.”

Quanto à conclusão da época, Bruno Duarte acha que “o melhor a fazer é esperar” enquanto houver “casos crescentes”. “Acredito que tem de ser decidido com calma”, acrescentou. Contudo, o objetivo principal da equipa, garantiu, manter-se-á caso o campeonato regresse: o 4.º lugar e os lugares europeus. Pessoalmente, o avançado diz ter-se adaptado ao futebol português e espera, futuramente, “poder fazer muitos golos e ajudar a equipa” a colecionar vitórias. “Em parte eu sinto-me realizado. Porém, o trabalho deve continuar e essa ambição ainda está em mim”, assegurou.

Bruno Duarte referiu ainda que, “até agora”, ainda nada foi decidido por parte do Vitória quanto a possíveis reduções salariais. “Mas penso que é uma fase complicada para todos. E a gente sabe que vai ser muito difícil e que a economia vai quebrar. Acho que o melhor é pensarmos e estarmos juntos nessa situação e ver o que é melhor para cada um de nós”, concluiu,

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