Bruno Fernandes: Uniões de freguesia “sentiram que não ganharam nada com agregação”
Desagregação de uniões de freguesias foi tema na reunião de Câmara.

reuniao-camara-barra_fb
No âmbito da reorganização Administrativa do Território das Freguesias, há cinco uniões de freguesias do concelho de Guimarães que manifestaram interesse na desagregação e que cumprem os requisitos legais para tal. São elas as uniões de freguesia de Tabuadelo e São Faustino; Conde e Gandarela; Serzedo e Calvos; Prazins Santo Tirso e Corvite; e Sande Vila Nova e Sande São Clemente.

Para Bruno Fernandes, vereador eleito pela Coligação Juntos por Guimarães, esta é uma “temática muito importante para o concelho”. Na reunião de câmara desta terça-feira, lembrou que, há 13 anos, “quando foi aprovada esta questão, a posição do PSD foi sempre que devia estar na base da decisão o interesse das freguesias e dos cidadãos”.
Com a certeza de que, na altura, foram “críticos quanto ao processo e quanto à forma como a câmara dirigiu o processo”, o vereador acredita que o facto de cinco uniões de freguesias manifestarem vontade de se desagregar é algo que “vai de encontro à posição do PSD”, uma vez que a “agregação não foi desejada”.
“Grande parte desta vontade em desagregar vem porque sentiram que não ganharam nada com agregação, não houve maior eficácia de competências”, destacou Bruno Fernandes.
Domingos Bragança, presidente da Câmara de Guimarães, lembrou que a agragação “foi uma obrigação imposta pelo governo” e que “ficou sempre uma não aceitação por parte das freguesias”.
“A minha posição é conhecida , já o disse na Assembleia Municipal: com a exceção da cidade, eu desagregava tudo”, frisou o edil justificando que “cada uma [das freguesias] tem as suas especificidades”.
Também a união de freguesias de de Souto e Gondomar pretende a desagregação. Porém, Gondomar não reúne as condições para ficar sozinha.
Entre os critérios de apreciação estão a prestação de serviços à população, a eficácia e eficiência da gestão pública, população e território, bem como a história e identidade cultural e a vontade política da população, manifestada pelos respetivos órgãos representativos.
Na reunião do executivo municipal foi emitido um parecer positivo acerca da desagregação, que será agora levado à Assembleia Municipal e, posteriormente, decido na Assembleia da República.