Câmara de Guimarães aprovou Relatório e Contas de 2021. Oposição fala em “gestão casuística”

Na reunião do executivo municipal desta quinta-feira.

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O Relatório e Contas municipais referentes ao ano de 2021 foi aprovado pela maioria socialista, esta quinta-feira, na reunião do executivo camarário, com os votos contra da oposição.

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O relatório, cujas contas foram auditadas por um Revisor Oficial de Contas, reflete “a gestão rigorosa dos exercícios anteriores e o equilíbrio financeiro por forma a assegurar a concretização dos investimentos assumidos e constantes do plano plurianual, bem como os serviços nas diferentes aéreas de desenvolvimento do território do concelho de Guimarães”, refere a autarquia em nota à imprensa.

Bruno Fernandes, vereador eleito pela Coligação JpG, explica que o voto contra se trata de “um voto político”, uma vez que “não está em cima da mesa a avaliação das contas enquanto dimensão financeira, mas sim uma prestação de contas do plano de atividades para 2021, que resume a estratégia da maioria socialista”, que, a seu ver, tem levado a cabo uma “gestão casuística”.

O social-democrata esclarece que “há questões de fundo que continuam por resolver”, nomeadamente no que ao desenvolvimento económico diz respeito. Bruno Fernandes considera que “Guimarães continua a perder competitividade relativamente à captação e fixação de investimento” e reitera que “a obtenção de um emprego é o maior ato de independência que qualquer cidadão pode ter, cabendo ao município “promover essa oferta”. Assim, critica a falta de condições não só para a fixação de novas empresas no concelho, mas também para a expansão do tecido empresarial que já se encontra instalado em Guimarães.

O vereador expressou ainda um parecer negativo relativamente às estratégias de habitação. Garantindo que “muitos vimaranenses escolheram outras paragens”, dá também o exemplo dos estudantes universitários que passaram por Guimarães, mas que não permaneceram no concelho. “Ao não disponibilizarmos habitação para fixar população, estamos a desvalorizar o crescimento e desenvolvimento do concelho”, referiu.

Por seu lado, Domingos Bragança apresenta confiança no trabalho realizado durante o mandato, que “foi sufragado pelos vimaranenses”. O presidente da Câmara Municipal explica que o que “Guimarães tem feito é aquilo que “os grandes pensadores sobre as cidades europeias e mundiais estão a dizer às cidades para fazer”, que passa por uma “grande aposta na dimensão cultural, da ciência e da educação” que permite o “empoderamento e capacitação dos cidadãos”.

Relativamente à fixação empresarial, Domingos Bragança defende que isso tem sido feito nos seus mandatos, relembrando a Divisão de Desenvolvimento Económico, que foi criada para uma maior proximidade aos empresários, bem como o Gabinete de Crise e Transição Económica, que evoluirá para uma Agência de Investimento.

Para Domingos Bragança, presidente da Câmara, o conjunto de concretizações que o documento apresenta prosseguiu “os objetivos determinados pelo programa político definido para 2017-2021, não obstante representar um ano de atividade fortemente condicionado pelas limitações impostas pela pandemia de Covid-19”, sublinha o município em comunicado.

Através das principais obras concluídas, verifica-se a priorização dos “eixos da sustentabilidade ambiental e da coesão territorial e social, do desenvolvimento económico, da educação e cultura, do desporto, da ciência e do conhecimento”, acrescenta a mesma nota.

“Precisamos de desenhar um modelo territorial coerente, que se alimente sinergicamente através de redes de cooperação intermunicipal, capaz de promover a inclusão e justiça sociais, a salvaguarda do ambiente, ao mesmo tempo que incentive um modelo inovador de crescimento económico, criador de riqueza e de bem-estar. Um modelo económico com visão de futuro, almejando uma transição económica que permita alavancar novos modelos de negócio que incorporem valor tecnológico, estético e diferenciador”, considera o presidente da Câmara, que insiste na necessidade de uma aposta no capital humano: “o empoderamento do cidadão, com a aposta no reforço de competências e na reconversão profissional, e a transferência de conhecimento para o tecido empresarial, são fundamentais para criar um contexto altamente favorável ao desenvolvimento de uma boa  cidade e um bom  território, culturalmente e economicamente robusto”.

Segundo Domingos Bragança, “estão reunidas todas as condições para a criação de um sistema de crescimento inovador, criativo, inclusivo e respeitador do meio-ambiente. Um modelo de desenvolvimento sustentado, com elevada procura de qualificações, capacidade de atracão de negócios e pessoas, capaz de oferecer amenidades de grande qualidade”, finaliza a autarquia em comunicado.

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