Câmara notifica Centro Infantil e Cultural Popular para sair do Convento Rosa do Lima
A Câmara Municipal de Guimarães notificou o Centro Infantil e Cultural Popular (CICP) para, até esta quarta-feira, dia 13, se retirar do Convento de Santa Rosa do Lima, mais conhecido por Dominicas.

Ali vai nascer um polo do Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria (CINDOR) e o tema foi levantado na reunião municipal de segunda-feira, dia 13, por Vânia Silva, vereadora do CDS-PP, que questionou Domingos Bragança sobre o prazo, que considera curto, dado à associação, para deixar as instalações. Entende que 15 dias é um prazo curto para uma associação que ocupa o espaço há mais de três décadas, e defende um acordo entre a autarquia e a CICP para que seja encontrado um novo espaço que possa ser solução. “Esta associação vai para a rua sem solução”, disse a vereadora.
O presidente da Câmara de Guimarães diz que Mosteiro de Santa Rosa de Lima/Igreja e Convento das Dominicas “foi ocupado à margem da lei, porque é um edifício da Câmara”. “Quando o fui visitar há um ano, num dia de muita chuva e vento, [vi] que aquilo não tem janelas, está tudo partido e nem era preciso vistoriar porque ninguém podia estar lá dentro. Significa que aquele edifício não tem condições para ter lá alguém”. Disse também que foi tido em conta o tempo em que a instituição funcionou no local: “E atendendo ao historial, disse-lhes que tentaria, no projeto, que fosse trabalhado um espaço para a área cultural, mas que para a resposta social, que não estava a funcionar, teríamos de a acomodar num outro espaço em outro sítio, trabalhado em conjunto com a Câmara e a instituição”.
“Não podemos é atrasar o início da obra do CINDOR e corrermos o risco de perder milhões de fundos europeus”
Assume que “quanto mais associações dinâmicas e com respostas” houver para Guimarães, “melhor para a cidade, mas ali não dá, porque é para o CINDOR, para reabilitar através de uma candidatura do PRR”. Domingos Bragança mostra abertura a negociações para que seja encontrada uma outra solução para a CICP. “O que não podemos é atrasar o início da obra do CINDOR e corrermos o risco de perder milhões de fundos europeus”.
Questionado sobre a reação da instituição em causa, o autarca afirma que já reuniu com responsáveis “mais do que uma vez”. “Para mim, ocuparam um espaço à margem da lei, ainda assim, respeitei, assim como dei oportunidade de a associação manter a dinâmica noutro local. Mas não ali. Temos a oportunidade de reabilitar aquele espaço lindíssimo que terá uma função importante para a área da indústria da relojoaria”, remata o edil.
Inicialmente previsto para se instalar em Ponte, o CINDOR passará a estar no centro da cidade, mais concretamente na zona classificada como Património Mundial pela UNESCO, num imóvel de elevado valor patrimonial histórico, datado do século XVII.
Está situado na Rua Dr. Bento Cardoso, com uma área total de 5046 m², sendo 442 m² de área coberta e 4604 m² de área descoberta. O município vai reabilitar e ampliar o edifício, para depois disponibilizar ao CINDOR num contrato de comodato válido para 50 anos, renovável por períodos de 10 anos.
As obras de ampliação do edifício, numa área prevista de cerca de 1.100 m2, estão estimadas em 2 295 771,63 euros, as de reabilitação em 2 636 677,20 euros e os arranjos exteriores em 266.910 euros. A escola de ourivesaria será criada numa parceria entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Associação dos Industriais de Ourivesaria e Relojoaria do Norte (atual AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal).
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