Ricardo Araújo, da coligação “Juntos por Guimarães”, participou na sessão através de videoconferência, devido aos compromissos como deputado à Assembleia da República, numa semana de discussão e votação do Orçamento de Estado. O vereador centrou a sua intervenção em Domingos Bragança, tecendo-lhes elogios por, há dez anos, ter tido a “ousadia” de colocar este objetivo na agenda política.

“Entendo que devem ser distinguidas as pessoas, e esta distinção de Guimarães Capital Verde Europeia deve-se a si, senhor presidente, e com toda a justiça”, disse o vereador da oposição.

“O consenso é alargado, mas não temos todos o grau de responsabilidade no sucesso, o senhor teve determinação. Em 2026, o senhor não será presidente, mas saberemos reconhecer o trabalho e o mérito que teve nesta conquista”, acrescentou ainda, não esquecendo a equipa que trabalhou no projeto.

No entanto, lembrou Ricardo Araújo que a responsabilidade, a partir de agora, é de todos, “para tornar cada vez mais Guimarães sustentável, o caminho longe de ser trilhado e o percurso é longo”.

O vereador Bruno Fernandes quis também reagir à conquista, ele que, nas últimas eleições autárquicas foi o candidato da coligação à Câmara de Guimarães. “Mais importante que o título, é o caminho, o senhor presidente está de parabéns e só tem de estar satisfeito”, começou por referir.

Lembrou, entretanto, que espera que “o que for pensado para a CVE, não se esgote no futuro, como aconteceu na Capital Europeia da Cultura”.

Domingos Bragança agradeceu, no entanto, estendeu mérito à equipa que trabalhou para que tudo isto fosse possível: “Um projeto que juntou razão e coração, uma equipa que deu tudo, agradecer também ao atual Executivo e aos anteriores. Esta foi uma candidatura de consenso político, da comunidade inteira, sem exceção”.

A partir daqui, depois desta “enorme distinção”, a Europa, diz Domingos Bragança, está focada em Guimarães. “Temos de preparar 2026 de forma consensual, com a envolvência de todos os partidos políticos, para que façamos um programa ambicioso”.

O estatuto alcançado, poderá abrir portas num futuro próximo, no que toca ao sucesso de candidaturas a fundos, ao nível regional, nacional e da Europa, disse o presidente da Câmara. “A Capital Verde Europeia não nos foi entregue, foi conquistada, lutámos e não dependemos de ninguém. Sinto imenso orgulho de uma cidade inteira que se envolveu”, adiantou o autarca.

Recorde-se que, além do troféu, Guimarães encaixa 600 mil euros, canalizados para a promoção da Capital Verde Europeia, que será uma realidade em 2026.