Capital Verde terá Comissões de Honra, Científica e Comunitária: ”Ninguém ficará de fora”
Depois de ter alcançado o título de Capital Verde Europeia 2026, em Valência, Guimarães quis partilhar a conquista com a comunidade vimaranense.
A Câmara Municipal de Guimarães promoveu, por isso, uma apresentação pública, esta quarta-feira, dia 18, no Grande Auditório Francisca Abreu do Centro Cultural Vila Flor (CCVF). Uma réplica da apresentação feita em Valência perante o júri.
Um evento que iniciou com a intervenção de Adelina Pinto, vereadora responsável pela candidatura a Capital Verde Europeia. Abordou os 11 anos de trabalho feito ao longo de um caminho. Guimarães atingiu o estatuto à terceira candidatura, “mas quando perdemos, também aprendemos”, disse a vereadora, realçando a persistência: “Nunca perdemos o foco da sustentabilidade ambiental e este foi o grande ganho de Guimarães ”, disse , não esquecendo todos aqueles que trabalharam como equipa, nesta candidatura. “Uma equipa que está empoderada e capacitada para continuar este percurso”, acrescentou.
A candidatura foi apresentada por Carlos Ribeiro, diretor executivo do Laboratório da Paisagem, Isabel Loureiro, coordenadora Geral da Estrutura de Missão 2030 e Dalila Sepúlveda, diretora do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Guimarães.
Domingos Bragança fechou a sessão e deixou ali o convite para que a equipa que trabalhou ao longo dos últimos anos neste propósito, continue. “Uma palavra a quem percorreu o caminho connosco até hoje, que merece o nosso agradecimento e reconhecimento. Uma vasta e abrangente equipa de sucesso e só podemos deixar o convite para que esta continue, reforçada e robustecida”, disse o autarca, assinalando ainda a necessidade de aumentar as parcerias colaborativas. “Não descanso enquanto todas as empresas de Guimarães não estiverem envolvidas nos projetos de sustentabilidade ambiental, da circularidade da economia”, referiu o edil.
Para 2026, será criada uma Comissão de Honra, “do mais alto patrocínio que pudermos”, avançou Domingos Bragança, assim como uma Comissão Científica, “porque a ciência é a base da inovação, da qualidade e do bem-estar”, e uma Comissão Comunitária, representativa da comunidade. “Vocês conhecem-me, a divergência de pensamento não me incomoda, privilegio a competência, a boa vontade de fazer bem, a generosidade, o bom caráter, não têm de estar de acordo comigo, mas estar de acordo com o facto de [conseguirmos] ter uma pegada ecológica a 1 ou menos. Queremos ser o exemplo e uma referência para a Europa e para o Mundo, mas uma maior referência para nós próprios”. Todos os partidos políticos caberão nessa Comissão Comunitária, segundo o autarca de Guimarães: “Ninguém ficará de fora”.
Domingos Bragança voltou a frisar uma frase que vai repetindo ao longo dos tempos em vários palcos. “Os ciclos políticos são para as pessoas, não para Guimarães. Os consensos gerados, ultrapassam ciclos políticos, não desistam dos grandes propósitos de Guimarães por favor, são pilares que nos dão recursos e capacidades ambientais”, afirmou o presidente da Câmara.
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