Há mais de 80 anos, esta oficina familiar dedica-se à construção artesanal de caixas e bombos. O atual mestre, José Alves, herdou o talento e o amor pelo ofício do seu pai e do seu avô. “Desde muito pequeno senti o toque dos tambores”, recorda. “Com dez anos já andava no meio da construção, e aos 13 percebi que esta seria a minha vida.”

A partir dessa altura, José Alves nunca mais largou as ferramentas, nem o som que dá alma às Festas Nicolinas e romarias, em Portugal e no estrangeiro.

Tradição familiar e fabrico artesanal

A Casa dos Bombos Alves distingue-se pela fidelidade às técnicas originais. O fabrico é totalmente manual, desde o tratamento das peles até à afinação final. “O uso de máquinas é muito restrito”, explica José Alves. “O segredo da autenticidade está nas mãos.”

Os instrumentos são feitos com materiais nobres e naturais, metais, madeiras cuidadosamente escolhidas para os arcos, cordoaria resistente e peles de cabrito tratadas artesanalmente. A combinação destes elementos resulta num som inconfundível.

“Não é só colocar peles e arcos e chamar-lhe uma caixa. Há muito mais”, diz José Alves,

O resultado deste trabalho minucioso é reconhecido por famílias inteiras que, nesta altura, em que se aproximam as festas dos estudantes de Guimarães, se deslocam à Casa dos Bombos Alves.

Além da construção, a casa oferece serviços de restauro de peles e acessórios, venda e aluguer de instrumentos e até fabrica tambores infantis para as escolas e infantários.
Cada pedido é tratado com o mesmo cuidado, seja para um grupo profissional ou para uma criança que dá os primeiros toques num tambor.

O trabalho intensifica-se nesta altura das Festas Nicolinas, o ex-libris das tradições vimaranenses, trazem uma procura crescente por caixas e bombos. Mas ali trabalha-se, e muito, durante todo o ano. “Nesta altura é uma correria. Todos querem o melhor som para as festas, e nós fazemos tudo para corresponder”, diz José Alves.

Três gerações depois, o legado da Casa dos Bombos Alves continua firme, pulsando ao ritmo do saber e da tradição.

José Manuel Salgado Alves espera que, no futuro, alguém da família continue esta arte que tanto orgulho dá a Guimarães. “É um ofício que se aprende com o tempo, com o ouvido e com o coração. E é isso que quero deixar a quem vier depois de mim.” Mais do que fabricar instrumentos, a Casa dos Bombos Alves preserva um património cultural que faz parte da identidade vimaranense.

Porque, em cada caixa e em cada bombo, há o eco de uma história que se repete há 80 anos, o som genuíno da tradição.

Casa dos Bombos Alves

Tel. +351 962 930 407
E. Mail: bombosalves@gmail.com
www.bombosalves.com

 

(Conteúdo patrocinado)