CDU de Guimarães realizou comício de verão nos jardins da Alameda

Entre os discursos e reivindicações, os membros da coligação de esquerda apontam a necessidade de "fazer os bancos pagarem o aumento dos juros, de se aumentarem os salários e reforçar os serviços públicos".

Comício-CDU

A CDU realizou um comício nos Jardim da Alameda, em Guimarães, na noite da passada sexta-feira, dia 18 de agosto. Entre os discursos e reivindicações, os membros da coligação de esquerda apontam a necessidade de “fazer os bancos pagarem o aumento dos juros, de se aumentarem os salários e reforçar os serviços públicos”.

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Inês Rodrigues, eleita pela CDU na Assembleia Municipal de Guimarães, usou da palavra em nome do para destacar os problemas da Habitação e Mobilidade. A autarca da CDU referiu “Guimarães padece de histórico défice de habitação. Faltam casas para arrendar e mesmo as construídas para venda não satisfazem as necessidades. Em consequência, as rendas são insuportáveis para quem vive com os salários-mínimos da têxtil e afins, ou com as baixas reformas”.

Esta realidade social, acrescentou, ajuda a perceber que Guimarães “não atrai nem fixa a população jovem”. Para resolver este problema “não é possível continuar à espera de uma solução mágica do mercado, como maioria municipal do PS tem feito, mas sim intervir com mais habitação pública, com a reabilitação das casas degradadas e colocando-as à disposição da população, de quem vive do seu trabalho e ainda assim não consegue ter uma casa, em consequência da especulação, dos baixos salários e reformas de miséria. É necessário que a Câmara dinamize uma política municipal de habitação capaz de dar resposta aos diversos segmentos da procura”, disse.

Falando sobre as questões de mobilidade, adiantou que a CDU exige a municipalização dos TUG – Transportes Públicos de Guimarães, sendo o “único modelo de gestão que possibilita uma intervenção camarária de acordo com as conhecidas necessidades de transportes mais baratos, mais confortáveis e fiáveis, mais frequentes e mais pontuais, alargados a todo o concelho”.

Inês Rodrigues lembrou ainda a proposta do PCP de “aposta no transporte ferroviário, nomeadamente com a construção da ligação direta entre Guimarães e Braga é da maior urgência. É inaceitável que a situação atual de demora de mais de, pelo menos, 1h15 neste percurso”.

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Neste comício, Mariana Silva, membro da Comissão Executiva do Partido Ecologista Os Verdes, destacou naturalmente as questões ambientais, referindo que “O PEV conhece bem as consequências das crises económicas no Ambiente. Sabemos que quando vivemos tempos economicamente frágeis, que se agravam com a subida dos juros, com o preço dos bens essenciais a aumentar de dia para dia, com os salários a não responderem às necessidades, e tende-se a esquecer ou desvalorizar as questões ambientais”.

Em tempos de “Crise Climática”, referiu também, os “projetos delapidadores usam causas supostamente ambientais e termos apelativos, como, “transição energética”, “descarbonização da economia”, “economia circular”, entre outras, para nos convencer da benevolência das suas novas oportunidades de negócio e para fugirem a responder às exigências e regras de proteção ambiental, para, assim os seus projetos avançarem mais fácil e rapidamente”.

Referiu também, relativamente à questão da Mobilidade, que “Os eleitos da CDU no distrito de Braga apresentaram, nas diversas assembleias municipais, moções que defendem para esta população passes a preços acessíveis como acontece nas áreas metropolitanas, fruto do PART – Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos”.

Esta medida, “que tem a marca da CDU”, foi, segundo Mariana Silva, “sem dúvida alguma, uma das mais importantes para o Ambiente dos últimos anos, com milhares de carros retirados das estradas, mas ainda não se estendeu a todo o país”. E, por isso, a CDU, terminou, “continua a lutar para que em todo o território português todos tenham o direito à mobilidade, exigindo para isso investimentos do Governo que tenham em conta as realidades distintas de cada região”.

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A intervenção de encerramento ficou a cargo de Margarida Botelho, do Secretariado do Comité Central do PCP. A dirigente comunista partiu do lema do comício “Soluções para as nossas vidas. Mais salários, habitação, saúde. Travar os preços” para desenvolver a apreciação da situação do país.

Sublinhando o “agravamento das injustiças” que, segundo a dirigente, está “bem patente no facto de 42% da riqueza estar concentrada nos 5% mais ricos e do facto da banca realizar todos os dias 11 milhões de euros de lucros em contraste com o aumento do custo de vida e baixos salários”, vincou que se impõe uma mudança de políticas.

Margarida Botelho destacou que “PS, PSD, IL e Chega votaram contra as propostas que o PCP apresentou para a descida de IRS para a maioria dos trabalhadores, votaram contra o fim dos benefícios fiscais dos residentes não habituais, contra a tributação dos lucros e contra a baixa da taxa do IVA da eletricidade, do gás e das telecomunicações”.

Sobre a questão da Habitação, afirmou também que na situação atual “aos jovens está praticamente proibido sonhar em ter uma casa e ser independente. Recusam-se soluções que permitam proteger a habitação e colocar os lucros dos bancos a suportar as taxas de juros”.

Terminando com uma “mensagem de confiança”, Margarida Botelho sublinhou que “para os problemas com que estamos confrontados, há soluções. Aumento dos salários e pensões, fixação de preços, investimento no Serviço Nacional de Saúde e valorização dos seus profissionais, contagem de todo o tempo de serviço dos professores, reforço do investimento na Cultura e controlo público dos sectores estratégicos”.

O comício encerrou com o convite à participação na Festa do Avante, a ter lugar nos próximos dias 01, 02 e 03 de setembro.

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