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CDU: “Portugal precisa de uma outra política” interna e externa

Perante a invasão russa que decorre desde 24 de fevereiro, a deputada municipal criticou o posicionamento do Governo português.

Inês Rodrigues CDU

No seu discurso na sessão solene da Assembleia Municipal, comemorativa dos 48 anos do 25 de abril de 1974, que decorreu esta segunda-feira no Teatro Jordão, Inês Rodrigues, deputada eleita pela CDU (PCP-PEV) começou por nomear alguns dos conflitos recentes que ocorreram em vários pontos do globo para lembrar haver “povos que conheceram o drama da destruição e da guerra pela mão dos que hoje se fazem passar pelas pombas inofensivas e amantes da paz”.

© Eliseu Sampaio / Mais Guimarães

Numa referência à Ucrânia, a deputada de esquerda referiu que naquele país vive-se “uma situação de guerra que urge parar e que nunca deveria ter começado”.

Perante a invasão russa que decorre desde 24 de fevereiro, a deputada municipal criticou o posicionamento do Governo, lembrando que, na constituição portuguesa, “no seu artigo sétimo, encontramos qual deveria ser o posicionamento do nosso país face face a conflitos, qual o posicionamento do nosso país face aos blocos político-militares, e qual o nosso posicionamento anti-imperialismo”.

Inês Rodrigues disse também serem necessárias “iniciativas que contribuam para a descalada do conflito na Ucrânia, para o cessar fogo e um processo de diálogo, com vista a uma solução negociada para o conflito”. Iniciativas que surjam como “resposta aos problemas de segurança coletiva e ao desarmamento na Europa, ao cumprimento dos princípios da carta da ONU, e da ata final da conferência de Helsínquia, no interesse da paz e da cooperação entre os povos”.

A deputada vimaranense criticou também o “aproveitamento da guerra e das sanções” que são “utilizadas como pretexto para que grupos económicos cumularem milhões de euros de lucros à custa dos sucessivo empobrecimento dos trabalhadores e do povo, e do aumento do custo de vida”.

Segundo Inês Rodrigues, o Governo “recusa a defendê-los desse aproveitamento, remetendo a resposta para decisões para a União Europeia numa posição de desresponsabilização, e aceitação de imposições externas prejudiciais ao povo e ao país”.

Quanto ao 25 de abril de 1974, a deputada municipal disse ter sido um “importante momento de afirmação da luta dos trabalhadores e do povo português, pela liberdade e a democracia, contra a ditadura e o fascismo”, adiantando que “Abril deve ser celebrado a olhar para o futuro, projetando as conquistas e os valores que plasmou”.

Numa abordagem ao momento atual da politica interna, Inês Rodrigues diz  que Portugal precisa de uma “outra política que promova o desenvolvimento económico, que ponha o país a produzir, que assuma a valorização do trabalho e de quem trabalha”.

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