A ilustradora e designer Cecília Lages, apresenta, assim, o resultado da sua aproximação ao Bordado de Guimarães, no qual desconstrói as composições gráficas do bordado, propondo novas possibilidades de criação.

A publicação “promove a construção de um novo olhar sobre a forma de compor o bordado e de pensar o seu desenho”, onde é feito “uma reflexão sobre um processo de trabalho criativo que, quando sistematizado e traduzido graficamente, pode tornar-se numa ferramenta de trabalho acessível a todos, promovendo a inovação pelo desenho e a criatividade individual sem desvirtuar o que é distintivo e único do Bordado de Guimarães.”

Sobre o livro, Cecília Lages explica que o bordado de Guimarães, “apesar de ter sofrido várias transformações ao longo do tempo, reúne, atualmente, um conjunto de características que o tornam único e reconhecível e por isso também caracterizador do território de Guimarães “Se, por um lado, a inovação é necessária para ir de encontro a outros lugares e usos, por outro, até onde pode ir essa inovação sem que o bordado perca as suas características identitárias?”

A ilustradora desenvolveu este trabalho no âmbito da Bolsa de Incentivo à Criação Mudança e Intervenção Criativa em Artesanato (MICA) promovida pel’A Oficina, que apoia projetos artísticos em torno das técnicas de execução das artes ancestrais vimaranenses, dando lugar à inovação e pensamento sobre o lugar do artesanato na atualidade.