Para Fernando Sousa, presidente da Direção, somar mais um ano representa “muitas coisas”, mas, “antes de mais, é a continuidade do trabalho daqueles que estão por trás de nós, que o iniciaram exatamente há 110 anos”, disse ao Mais Guimarães.

“Uma casa de acolhimento para jovens, em 1915, no dia 13 de junho, Dom Domingos da Silva Gonçalves, com uma dezena de jovens, alojaram-se aqui na freguesia da Costa, na casa do sr. António Leite, que fez o favor de nos ceder a casa, estiveram lá três anos, e depois, em 19 de março de 1918, vieram para aqui ocupar este espaço, o antigo Convento das Capuchinhas”, lembra.

“A 19 de março celebramos o nosso Dia das Oficinas de S. José, no dia de S. José, em que é oferecido um almoço aos atuais e antigos jovens que passaram pela casa. São celebrações simples, que incluem também uma eucaristia e animação, assim como o convívio entre os utentes”, entende.

Esta é, reconhecidamente, uma associação que assume o papel de mudança de vida de muitos jovens em risco: “O nosso propósito é proporcionar um projeto de vida para que possam sair daqui, não só com princípios morais, mas também com conhecimentos científicos e técnicos adquiridos nas escolas que frequentam, para que depois possam, quando forem “devolvidos”, à sociedade ou às famílias, ir mais enriquecidos e consigam projetar a vida de acordo com o que aqui foram aprendendo”.

Financeiramente a instituição está estável. Na Casa de Acolhimento estão 15 jovens, o Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP) acompanha nesta altura 80 famílias, o limite suportado pela Segurança Social. Também a Creche em Jugueiros, Felgueiras, está esgotada.