Ciência Viva de Guimarães já não integra rede nacional. Oposição “condena ocultação de informação”

O Centro Ciência Viva de Guimarães deixou de integrar a Rede Nacional de Centros Ciência Viva em dezembro de 2023, mas isso apenas foi anunciado publicamente pelo município esta segunda-feira, dia 29 de julho. Ricardo Araújo, vereador da oposição, coloca em causa a "ocultação de informação."

© Ivo Rainha/ Curtir Ciência

Ricardo Araújo, vereador da coligação “Juntos por Guimarães, descobriu por terceiros que o Centro Ciência Viva de Guimarães deixou de fazer parte da Rede Nacional de Centro Ciência Viva e manifestou a sua “condenação por o PS ter ocultado essa informação ao longo dos últimos meses. Há uma tentação de considerar que houve ocultação por motivos políticos, esta informação é grave e terá impactos negativos para o concelho.”

Para o também deputado na Assembleia da República, o Centro Ciência Viva de Guimarães é “uma das instituições âncora da zona de Couros por ter significado um investimento relevante pelo município”, pelo que a saída da rede nacional “é uma perda relevante e preocupante.”

O tribuno quer ter acesso à documentação que levou à auditoria que ditou a saída de Guimarães da rede nacional, “porque não devia ter cumprido com determinados critérios”.

Em resposta à condenação da oposição, Adelina Paula Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Guimarães, explicou que a “fratura” da ligação entre o Ciência Viva de Guimarães e a rede Nacional teve a ver com a adoção do Sistema de Normalização Contabilística para as Administrações Públicas (SNC-AP) e com as condições do espaço, que são antigas.

A rede nacional de Centros Ciência Viva considerou que “é um edifício antigo e com alguns equipamentos obsoletos”, por isso fez uma auditoria no dia 08 de dezembro de 2023, onde constaram “algumas fragilidades.” A vice-presidente do município de Guimarães sente que essa decisão é uma “injustiça” porque o centro tem muitas atividades com o exterior e as escolas. O objetivo do projeto, que é divulgar a ciência, estava a ser cumprido.”

No final da reunião de câmara desta segunda-feira, dia 29 de julho, Adelina Paula Pinto adiantou que a rede nacional está “disponível a reaver o processo quando tivermos o novo edifício construído.”

A saída da rede nacional não foi assumida publicamente pelo município porque a autarquia está em contacto com o Governo para “expor as razões pelas quais achamos que isso é uma injustiça tremenda. Continuamos a trabalhar para os nossos objetivos”, explicou a vice-presidente.

Essa decisão poderá afastar Guimarães de alguns fundos do Governo ou europeus, algo que deixa a autarquia com algum receio: “Não sabemos o que está por vir mas vamos às mesmas candidaturas. Temos receio de irmos sozinhos e de não termos as mesmas possibilidades mas vamos assegurar esse trabalho sozinhos ou com o Laboratório da Paisagem”, finalizou Adelina Paula Pinto.

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