Com as populações, com a natureza todos os dias

Por Mariana Silva.

Mariana Silva

Por Mariana Silva, Deputada na Assembleia da República (Os Verdes) Esta semana escrevo esta crónica nos Açores, onde Os Verdes vieram contactar com as realidades locais.

Voltamos aqui, mais uma vez, cumprindo uma prática de proximidade das populações que caracteriza o nosso exercício de funções públicas, no âmbito da preparação das eleições legislativas. Eleições que não consideramos necessárias, nem desejámos e que só se vão realizar porque o PS assim quis.

O PS quis eleições a sonhar com a possibilidade de uma maioria absoluta ou, na pior das hipóteses, num arranjinho com o PSD, para voltar às políticas antipopulares, sem as forças da CDU para atrapalhar, exigindo as respostas aos problemas. O PS não quer encontrar as soluções que fazem falta ao País.

Usarei dois exemplos, um de cá, dos Açores, e um de Guimarães, para confirmar esta afirmação.

Na agenda destes dois dias estava uma reunião com a Associação Agrícola de S. Miguel, sobre as dificuldades que os pequenos produtores leiteiros estão a passar. Produtores que, por terem de suportar custos cada vez maiores, sem que o preço à produção aumente, estão na iminência de declarar falência. O mesmo, ou pior ainda, está a acontecer com os produtores da bacia leiteira de Entre Douro e Minho.

O aumento agora anunciado de três cêntimos no valor que lhes é pago não compensa os aumentos nos combustíveis, nas sementes, nos investimentos em maquinaria, nas rações.

Mas o PS e o seu Governo preferem eleições a discutir medidas para apoiar a Produção Nacional. Produção que contribuí para combater a desertificação.

O caminho que temos que fazer de garantir o bem-estar animal, de reduzir o consumo de carne e a produção e consumo sustentável, de redução do número de animais, de promoção dos circuitos curtos de comercialização, para produzir e consumir local, tem de ter em conta os homens e mulheres que investiram ali uma vida no seu trabalho.

Relativamente a Guimarães, volto a um exemplo de resolução bastante mais simples, pelo qual continuamos a lutar, e que o Governo do PS também se recusa a resolver.

Sabem bem os Vimaranenses o quanto nos batemos pelo regresso do Alfa à nossa cidade.

O PS e o seu Governo teimam em não devolver a Guimarães um serviço que nos foi retirado. Enquanto se apresentam nos grandes eventos internacionais “enchendo a boca” com a política de ambiente, deixam passar as oportunidades de promover o transporte colectivo público. Enquanto fazem juras de amor à ferrovia, ao não promoverem ligações a Lisboa num transporte rápido e de qualidade, mas também ao não reforçarem o Serviço Intercidades, ao não garantirem melhores ligações ao Porto, e ao não quererem discutir a ligação ferroviária a Braga, obrigam à opção pelo transporte rodoviário, com mais impactos no ambiente.

São apenas dois exemplos, mas podiam ser muitos mais. O que impede o PS de os resolver? Nada.

A poucas semanas das eleições, vamos a elas com a mesma determinação com que assumimos este mandato. Queremos estar com os vimaranenses, com todos os portugueses, para lutar pelas políticas necessárias. Nos últimos anos demos passos muito importantes, mas isso só foi possível porque o PS não estava completamente livre para decidir sozinho de todas as medidas que tomava. Não podemos agora voltar atrás. Mas isso está nas suas mãos.

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