A candidata destacou o facto deste agrupamento escolar incluir crianças de diversas proveniências, entre as quais o Nepal ou o Bangladesh. À chegada à escola, os alunos são recebidos com um cartaz de boas-vindas, escrito em oito línguas.

“Entrei e sorri de imediato, sentindo-me acolhida” referiu Anabela Rodrigues acrescentando que “ver e ler placas de educação bilíngue não é muito comum”.

A candidata destacou também o “trabalho meritório desta comunidade educativa em prol das crianças que aqui estudam” lembrando a “aposta numa escola inclusiva com rádio, cozinha, ecologia, sala do futuro ou a escolha do toque pelos alunos”.

Anabela Rodrigues disse ter saído a sorrir “porque fui mantendo o encanto pelas experiências que vivi nesta escola que tanto faz para termos alunos e alunas felizes”.

A comitiva do Bloco de Esquerda visitou também o espólio de Virgínia Moura, mulher que dá nome à escola.

Nascida no concelho de Guimarães, em 1915, Virgínia Moura conheceu a discriminação desde cedo, sendo filha de mãe a solo. Foi a primeira mulher a licenciar-se em Engenharia Civil no país. Foi ativista anti-fascista tendo vivido na clandestinidade, antes do 25 de abril. A sua vida pautou-se sempre pela luta pela igualdade, pela inclusão e contra a discriminação. Foi agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Medalha de Honra da Câmara Municipal do Porto. Morreu a 19 de abril de 1998, no Porto. O legado de Virgínia Moura perdura numa escola todos os dias luta contra a discriminação e a desigualdade.

A Comitiva do Bloco de Esquerda foi constituída por Anabela Rodrigues e também por Sónia Ribeiro, deputada municipal em Guimarães, João Ferreira e Josias Vaz.