Contas finais da obra das Taipas totalizam 6 milhões. Oposição critica derrapagem

A vereação da Câmara Municipal de Guimarães aprovou, por unanimidade, as contas finais dos trabalhos de requalificação do centro das Caldas das Taipas. As obras totalizam mais de seis milhões de euros.

© CMG

O valor final dos trabalhos no centro da vila termal chega ao valor de 6.023 milhões de euros, valor que ultrapassa em 1,3 milhões os 4,696 milhões de euros iniciais, pelos quais a obra foi adjudicada à empresa Alexandre Barbosa Borges, S.A a 09 de abril de 2020.

Depois do início da obra, registaram-se “modificações contratuais”, como se pode ler na agenda da reunião de câmara, pelo que se acrescem trabalhos complementares no valor de 582 mil euros a 15 de setembro de 2022 e ainda de perto de 393 mil euros a 26 de outubro de 2023. Ainda se registam trabalhos a menos por 85 mil euros, por não se executarem as quantidades de trabalho previstas na execução da obra.

Hugo Ribeiro, vereador eleito pela coligação “Juntos por Guimarães” critica a “derrapagem considerável” de 1,3 milhões de euros, lembrando que se trata de “dinheiro público”, caso contrário “não estávamos a injetar dinheiro nesta obra como tem acontecido.”

Apesar da obra estar terminada, “não resolveu os principais problemas, como de trânsito que vão perdurar por muitos anos, comprometendo a qualidade de vida dos habitantes da vila e não conseguindo acautelar os interesses dos comerciantes, que devido à falta de parque. Isso lesa os seus negócios”, acrescenta o vereador.

Além disso, Hugo Ribeiro aponta que a Câmara Municipal de Guimarães “tem dificuldade em projetar obras”, referindo que o projeto do BRT até à zona Norte do concelho de Guimarães “visa intervir lá novamente”. Por fim, o tribuno espera que “o novo Governo olhe melhor para Guimarães”

Domingos Bragança, presidente do município de Guimarães, considera que a obra “está bem conseguida. Penso que a Câmara, os vimaranenses e os taipenses na qualidade de residentes da vila das Taipas se podem orgulhar da obra.” O edil está consciente de que “uma obra pública nunca tem consenso total”, mas lembra que os trabalhos de requalificação da vila termal “têm em conta devolver o espaço e a sua centralidade às pessoas e têm menos foco na mobilidade. Obviamente que causa estranheza e alguma rejeição, que espero que seja nesta parte inicial.”

O presidente da Câmara Municipal de Guimarães pede “desculpa aos residentes, aos comerciantes e a quem usufrui da centralidade das Caldas das Taipas” por a obra ter sido “extensa”, mas considera que agora há “uma obra que espero que compense o transtorno que causou. O estender (da obra) levou a um tempo de pandemia e da crise da guerra que atrasou.” As pesquisas geológicas e arqueológicas “não detetaram um conjunto de situações, que foi preciso corrigir para defender a arqueologia do território, e levaram a que a obra tivesse um valor superior”, justifica Domingos Bragança.

Em resposta às críticas feitas à falta de parque para os automóveis no centro das Caldas das Taipas, o autarca aponta que “não foi para isso que a obra foi feita”. O objetivo do presidente do município de Guimarães é “colocar vasos com flores nos espaços que delimitam as zonas, para que mudem os nossos concidadãos a ter uma defesa do seu património e para que percebam que o espaço não é para aparcar, mas sim para que as pessoas possam andar, passear e usufruir do espaço.”

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