Covid-19: PSD entende que “não foi sentida liderança e proatividade” por parte do município

Por seu turno, Domingos Bragança assegurou que "tudo foi antecipado" e que há municípios a seguir o exemplo de Guimarães.

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Por seu turno, Domingos Bragança assegurou que “tudo foi antecipado” e que há municípios a seguir o exemplo de Guimarães.

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“Num momento como este, excecional, a avaliação que fazemos do papel da Câmara Municipal de Guimarães podia ser mais positivo”. A declaração foi feita por Emídio Guerreiro, no decorrer da última Assembleia Municipal, realizada por videoconferência. Segundo o deputado do PSD, verificou-se que não foi sentida “liderança e proatividade”. “Era importante que, neste cenário, cada um assumisse as responsabilidades. Não foi isso que vimos do presidente da Câmara Municipal de Guimarães (CMG)”, argumentou.

A Assembleia Municipal analisava o relatório da atividade da CMG, ponto que foi bastante discutido e ficou marcado por críticas da oposição a algumas decisões tomadas pela autarquia na resposta ao surto de covid-19.

Segundo o também deputado na Assembleia da República, “as expetativas deviam ser geridas pelo presidente da Câmara e não delegadas”, referindo-se, entre outros, ao Gabinete de Crise Económica, liderado por António Cunha. Emídio Guerreiro também criticou a ausência do vereador com o pelouro do desenvolvimento económico, Ricardo Costa.

O social-democrata resumiu que, “com este modelo, a CMG passou a reagir e não a antecipar”. “Foi dos últimos municípios a desencadear os testes aos lares”, disse, acrescentando que, no que toca às máscaras, o concurso público para a aquisição “é de 21 de abirl, a nove dias do fim do estado de emergência”. Segundo Emídio Guerreiro, o PSD de Guimarães adotou “uma postura responsável e colaborante que nem sempre o presidente aproveitou”.

O CDS também teceu críticas ao funcionamento do Gabinete de Crise Económica. No entender de Paulo Peixoto, o órgão não esteve próximo do tecido empresarial. Os centristas lembraram o leque de medidas que tomaram públicas durante esta semana, onde pedia uma “intervenção rápida e firme” com vista à retoma económica.

Na resposta às críticas da atuação do município para mitigar o impacto da ca covid-19 no concelho, Domingos Bragança foi perentório: “Estive sempre em contacto com as entidades: o Hospital da Senhora da Oliveira, bombeiros e autoridades de saúde”. O autarca também defendeu a escolha de António Cunha para liderar o Gabinete de Crise: “Para os grandes propósitos, a CMG foi sempre buscar alguém convidado. O vereador [Ricardo Costa] não deixou funções, lidera as políticas públicas e empresariais, o “Guimarães Marca”.

Numa intervenção posterior, Rui Armindo Freitas, do PSD, frisou que “ninguém está contra o Gabinete de Crise”: “Há uma questão micro, que obriga a uma tomada de decisão quase diária e um Gabinete de Crise serve para atuar numa realidade que possa ocorrer. O que temos nesta fase é algo mais de fundo, que também é preciso, a mais longo prazo. É preciso separá-las e esperávamos ver alguém do terreno no Gabinete de Crise – o presidente da Câmara Municipal ou Ricardo Costa”.

Esperar e comprar localmente

O socialista garantiu também que há municípios “a copiar o exemplo de Guimarães”. “Antecipamos tudo”, resumiu. O socialista enumerou algumas medidas adotadas, entra elas o Hospital de Retaguarda que, caso o HSOG esgote a capacidade de internamento de doentes com covid-19, será acionado; e os protocolos estabelecidos, que edificaram “uma estrutura para todos os dias fazer testes”.

“Foi uma plataforma colaborativa que funcionou bem com todos, empresários inclusive. Criamos um Gabinete para dar respostas mais concertadas. Não comprarmos máscaras sem certificação. Sabia que estavam empresas locais a tentar reverter as produções e tentar certificar no CITEVE e era nas nossas empresas têxteis que queríamos comprar (…). Houve frieza para esperar o momento e não fretar aviões da China”, assinalou.

CDU questiona situação dos sem-abrigo

Pela voz de Mariana Silva, a CDU considera que “o vírus veio colocar a nu uma série de questões desconhecidas, mas que não são surpreendentes” para o partido: dificuldades sentidas pelas famílias para que as crianças pudessem aceder ao #Estudoemcasa; a exposição das pessoas em situação de sem-abrigo perante uma situação atípica como uma pandemia; ou a situação de várias empresas no concelho. “A tragédia já se abateu em muitas famílias. Que respostas esta a CMG a dar aos munícipes que pediram ajuda?”, perguntou a deputada.

Domingos Bragança endereçou a questão dos sem-abrigo: “A CERCIGUI vai retomar as funções com os seus alunos, pelo que os sem abrigo vão ficar no Verbo Divino”.

No que toca à disponibilização de material informático a alunos, o presidente da Câmara Municipal diz que a autarquia estendeu o apoio “a todos os que precisam”, inclusive a alunos do 2.º ciclo, que não são da responsabilidade do município. “Nas E.B 1 está tudo resolvido. Há problemas nas famílias no acesso a Internet e estamos a resolver isso”, adiantou.

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