“Crocodile Club” é um espelho das tensões políticas atuais e estreia esta sexta-feira no CCVF

Trata-se de uma estreia absoluta do Teatro A Oficina que celebra, este ano, os seus 30 anos de existência.

© Carla Alves / Mais Guimarães

O “Crocodile Club” é a nova peça escrita e dirigida por Mickaël de Oliveira que tem estreia marcada para esta sexta-feira e sábado, dia 18 e 19 de outubro, no Centro Cultural Vila Flor.

Através de um retiro de fim de semana de um grupo de amigos, a peça aborda o cenário político português atual e sua radicalização à direita, refletindo a tendência global de crescimento da extrema-direita e de novos populismos, que manipulam a insatisfação popular e alimentam o medo. A peça explora ainda os limites da democracia, evocando elementos clássicos do cinema de terror.

Segundo Mickaël de Oliveira, este é um espaço onde o lúdico e o crítico se encontram. “É um processo que mistura muita gente com uma equipa gigante. Temos um texto de mais ou menos duas horas. Temos um ambiente político com a subida da extrema direita no Mundo e em Portugal. E é uma maneira de usar os mesmos mecanismos publicidade e marketing de sistemas de ódio. É um espetáculo com muita interação com vídeo. Há também uma bela banda sonora e o elenco é muito incrível, com muita gente criativa.”

© Carla Alves / Mais Guimarães

Mais do que um produto cultural, esta será uma peça que levará o espectador a pensar. “É um espetáculo que visa promover, pelo menos, um diálogo sobre estas questões, o ódio e a violência que se tem massificado no nosso país. É uma peça que requer uma atenção e uma escuta para pensarmos sobre o que é a extrema direita. Ao mesmo tempo é algo lúdico. É uma paródia do género de um filme de terror”, revela o encenador.

O nervoso miudinho já se faz sentir, mas garante que “o mais importante é estarmos felizes a fazer o fazemos e que essa felicidade se transporte para o público”, admitiu entusiasmado.

A produção mais recente do Teatro Oficina, em colaboração com o Coletivo 84, é fruto de uma parceria entre ambas as equipas, cujo espetáculo conta com um elenco
composto por Afonso Santos, Bárbara Branco, Beatriz Wellenkamp Carretas, Fábio Coelho, Gabriela Cavaz, Luís Araújo e Inês Castel-Branco.

Os bilhetes têm o custo de 10 euros e podem ser adquiridos online ou presencialmente nas bilheteiras dos espaços geridos pela A Oficina, como o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória de Guimarães (CDMG).

Depois das duas estreias em Guimarães, a 18 e 19 de outubro, a digressão segue para Aveiro, Porto, Coimbra e Faro.

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