Curtir Ciência de Guimarães está degradado e as exposições desatualizadas, diz Agência Nacional

O Centro Curtir Ciência, situado na antiga fábrica de curtumes Âncora, na zona de Couros, deixou de fazer parte da Rede Nacional de Centros de Ciência Viva, em resultado de uma auditoria realizada em dezembro do ano passado que concluiu que o edifício não reunia condições e que as exposições estavam desatualizadas.

© Mais Guimarães

Segundo a vice-presidente da Câmara, Adelina Paula Pinto, o Município não deu conhecimento público desta informação porque está em negociações com o Governo para “expor as razões pelas quais achamos que isso é uma injustiça tremenda”.

A autarca relaciona também a saída do centro vimaranense da rede com a adoção do SNC-AP – Sistema de Normalização Contabilística para Administrações Públicas.

No relatório da auditoria realizada, a 8 de dezembro de 2023, pela Comissão de Acompanhamento da Rede de Centros de Ciência Viva diz-se que o espaço está em “degradação infraestrutural” e que os conteúdos sofrem de um “elevado grau de desatualização”, a que se juntam o “caráter obsoleto dos módulos expositivos e as graves falhas de funcionamento […], “criando em determinadas situações, problemas para a segurança dos visitantes”.

Foi com base neste relatório de auditoria que a Agência Nacional Ciência Viva deliberou, no dia 13 de março, retirar a marca ao Curtir Ciência, em Guimarães.

Durante a última reunião de Câmara, a vice-presidente da Câmara confirmou o “desconforto” com a Agência Ciência Viva, que tutela a rede nacional. Adelina Paula Pinto, foca o problema na implementação do SNC-AP. “Somos o único centro que atua desta forma, os outros funcionam por prestação de serviços”, refere a autarca.

Na sequência desta divergência relativamente ao enquadramento contabilístico aconteceu a auditoria de dezembro que acabaria por ditar a exclusão da rede. “Fruto desse relatório recebemos um email a dizer que nos seria retirada a marca”, confirma Adelina Paula Pinto.

Fundos europeus em risco

Esta situação pode impedir Guimarães de aceder a alguns fundos europeus. “Temos receio de ir sozinhos e de não termos as mesmas possibilidades, mas vamos assegurar esse trabalho sós ou com o Laboratório da Paisagem”, reconheceu Adelina Paula Pinto.

No imediato, uma das consequências da exclusão da rede nacional é a impossibilidade de manter os dois professores em destacamento de serviço.

A Agência Nacional Ciência Viva manifesta-se disponível “para trabalhar em parceria, tendo em vista a melhoria e reinstalação de um futuro Centro Ciência Viva em Guimarães”. Mas, lembra que “terá de haver diálogo da Autarquia com a Agência, nomeadamente manifestando vontade de cumprir o disposto no regulamento da Rede de Centros Ciência Viva”.

Pelo jornalista Rui Dias.

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