Descarga de águas para a via pública provoca constrangimentos aos moradores do Edifício Cruzeiro

Os moradores do Edifício Cruzeiro, em Azurém, enfrentam, desde julho de 2024, um problema causado por um tubo instalado de forma irregular, que descarrega águas com um odor desagradável diretamente para a via pública. Além do cheiro intenso, a situação provoca barulho constante, especialmente durante a noite, gerando desconforto e preocupações.

© Carla Alves/ Mais Guimarães

Ao Mais Guimarães, Jucilene Silva, residente na Rua 24 de junho, no Edifício Cruzeiro, garante que “já foram enviados vários emails a reportar a situação à Vimágua, mas até agora ninguém fez nada”, lamenta a moradora, que vive neste prédio, com mais de 40 anos, desde 2017.

Além do odor, o tubo provoca grande desconforto com o barulho constante, especialmente à noite. “Creio que deve haver uma ligação direta a uma bomba de água que atira a água por aqui. O barulho é muito forte e o meu quarto fica a menos de cinco metros do tubo”, relata a residente.

A moradora acredita que o tubo esteja ligado a um reservatório que liberta a água quando está cheio. “Mesmo quando não está a chover, sai água com cheiro a podre ao ponto de eu e a minha filha ficarmos indispostas”.

© Carla Alves/ Mais Guimarães

A situação preocupa os residentes, já que a água com mau cheiro desce pela via pública e alcança as garagens do edifício. Segundo Jucilene Silva, o problema piora em dias de chuva. “Quando há enxurradas, as águas misturam-se e o mau cheiro nas garagens torna-se insuportável”.

Jucilene Silva afirma que já alertou as autoridades competentes, incluindo a Vimágua e a Polícia Municipal, que registaram a ocorrência. No entanto, até agora, nenhuma solução foi apresentada. “A Polícia Municipal tentou perceber junto dos moradores quem colocou o tubo, mas ninguém sabe. Só sabemos que a obra está ilegal”, explica. O condomínio, gerido por uma empresa, também já foi informado da situação, mas, segundo a moradora, continua sem apresentar soluções.

 

“O foco de poluição não tem origem na rede pública de saneamento, mas sim nas redes prediais”, esclarece a Vimágua

O Mais Guimarães contactou a Vimágua que esclareceu que “já realizou uma vistoria às redes prediais, residuais e pluviais do edifício no dia 04 de outubro de 2024”. Segundo o relatório, “foi constatado pelos nossos serviços que foi executada uma caixa de visita predial residual no interior da grelha destinada à recolha das águas pluviais do piso da garagem”. Na mesma nota, a entidade confere que esta “situação está a provocar a mistura de esgotos domésticos com as águas pluviais, o que constitui um foco de poluição e insalubridade”.

A Vimágua reforçou que “o foco de poluição não tem origem na rede pública de saneamento, mas sim nas redes prediais, cuja responsabilidade pela bom funcionamento e respetiva manutenção é dos proprietários”. Desta forma, a entidade notificou os condomínios, no passado dia 02 de janeiro, para regularizarem a situação no prazo máximo de 30 dias, procedendo à instalação de uma nova caixa de visita predial residual independente do sistema pluvial, em conformidade com o artigo 198.º do Decreto Regulamentar n.º 23/95. Caso contrário, a empresa avançará com um procedimento contraordenacional.

Apesar das notificações e vistorias realizadas, o problema continua a afetar a qualidade de vida dos moradores, enquanto aguardam uma solução definitiva.

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