Descoberta gravura de arma na Casa do Conselho da Citânia de Briteiros

Foi identificado ocasionalmente, faz saber a Sociedade Martins Sarmento

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Foi identificado, “ocasionalmente”, faz saber a Sociedade Martins Sarmento, um motivo decorativo no interior da construção conhecida como Casa do Conselho, na Citânia de Briteiros.

© Direitos Reservados

Num dos blocos de granito que formam o banco corrido ao longo da parede interior desta grande casa circular, foi identificada uma gravura que representa uma falcata, ou espada curva, característica da Idade do Ferro.

A gravura em questão passou despercebida ao longo dos anos, por ser praticamente invisível a olho nu, sendo apenas possível observar, nos dias de hoje, com recurso a iluminação artificial.

Foi então efetuado um decalque da superfície gravada, registando, assim, o motivo decorativo e permitindo uma leitura mais clara. “Não se trata de um exemplo de arte rupestre, sendo antes um objeto representado num elemento arquitetónico, posteriormente ao corte e colocação do bloco”, explica a Sociedade Martins Sarmento.

De acordo com a informação obtida, a arma representada é uma falcata ibérica, amplamente utilizada em diferentes regiões da Península, entre os séculos V e I antes de Cristo. A folha da falcata foi representada através de uma linha contínua. A parte correspondente à empunhadura foi gravada em relevo, embora de forma imperfeita. A gravura tem cerca de 40 centímetros, podendo-se considerar dentro do que seriam as dimensões reais de uma falcata.

A descoberta deste elemento inédito revela, mais uma vez, “como a Citânia de Briteiros continua a propiciar conhecimento histórico relevante”. A gravura agora identificada foi já registada, estudando-se a melhor forma de proteção da superfície gravada.

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