Abril com cantigas de maio
Detido de 55 anos por tráfico humano com 10 vítimas da zona de Guimarães

A investigação da PJ, no âmbito de inquérito titulado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Guimarães, foi iniciada há cerca de um mês. Foram desenvolvidas diligências urgentes que culminaram na emissão do referido mandado de busca domiciliária para suspender a atividade criminosa.

© PJ

A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria do Norte, realizou quarta-feira, dia 09, a operação “Fraterna Doloris”, com o cumprimento de um mandado busca e apreensão domiciliária que visou uma unidade hoteleira, tendo identificado quatro cidadãos estrangeiros, um deles detido por indícios da prática dos crimes de tráfico de pessoas para exploração laboral, auxílio à imigração ilegal, angariação de mão-de-obra ilegal e utilização da atividade de mão-de-obra estrangeira ilegal, refere a PJ em comunicado.  Foram sinalizadas e protegidas oito vítimas de tráfico de seres humanos e duas crianças, uma delas igualmente explorada.

Segundo a PJ, a situação foi reportada pelas próprias vítimas que fugiram do local onde se encontravam alojadas pelos suspeitos, estando sujeitos a jornadas de trabalho longas, sem a devida remuneração e sem que possuíssem qualquer título de residência ou visto de trabalho que lhes permitisse trabalhar. Encontravam-se sob total controlo dos suspeitos e em permanente vulnerabilidade há pelo menos dois anos, a partir do momento em chegaram ao espaço europeu, e após terem sido angariadas e aliciadas com falsas promessas de trabalho.

A situação reportada diz respeito a três diferentes países europeus, onde se inclui Portugal, tendo a PJ atuado rapidamente, considerando o tipo de criminalidade altamente organizada, e para a qual contou com os mecanismos de cooperação europeu de partilha de informação criminal, através da EUROPOL.

A gravidade da criminalidade em causa e a violação dos direitos fundamentais constatados, as apreensões efetuadas e a prova já recolhida na investigação determinou que a PJ detivesse o suspeito pelos referidos crimes, dado o perigo de fuga para o estrangeiro, uma vez que não é residente legal em Portugal.

O detido, de 55 anos, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

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