Direitos das Crianças retratados em painel de azulejos na Francisco de Holanda

Foi inaugurado, na tarde desta quarta-feira, 20 de novembro, um painel com 700 azulejos sobre os Direitos das Crianças, e escola escolhida para o acolher foi a Secundária Francisco de Holanda, pela sua centralidade.

© Mais Guimarães

Este momento serviu também para assinalar o 35º aniversário da Convenção Internacional dos Direitos das Crianças e o painel contou com a participação de 500 alunos das escolas secundárias dos Agrupamentos e das Escolas Profissionais de Guimarães, sob a orientação do artista Nuno Machado.

Coube a Adelina Pinto, vice-presidente da autarquia, e vereadora da Educação, descerrar o painel, e na sua intervenção, na cerimónia protocolar, destacou a evolução da escola nos últimos dez anos. “A escola de hoje, não é a escola de há dez anos, altura em que registávamos o abandono, insucesso escolar”. Falou-se de inclusão e a responsável garante que “Guimarães tem dado passos muito importantes, em resultado da união de esforços por parte das entidades”, nas mais variadas áreas, desde saúde, IPSS, associações voluntárias e forças de segurança.

“Há uma realidade que se foi conseguindo, mas hoje queremos mais”, avançou Adelina Pinto, considerando que, nos dias que correm, é importante olhar para as crianças como tal. “Temos refletido sobre isto, temos dificuldades em dizer o nome “crianças”, apelidamos de utentes, estudantes (…) o brincar desapareceu, assim como a autonomia e a responsabilidade, porque, hoje em dia, os pais têm os filhos numa bolha e é preciso reverter isso”.

A saúde mental nas crianças e nos jovens preocupa cada vez mais. “Porque chegam às universidades, precisam de tomar decisões e [não conseguem] porque, até ali, alguém as tomou por eles”, disse a vereadora, alertando para a necessidade de ouvir as crianças. “E Guimarães tem feito isso”, garantiu a vereadora.

Paula Oliveira, que assume a pasta da Ação Social, apelou à continuidade de um trabalho que tem sido feito em conjunto com os vários agentes, que colaboram com a autarquia, referindo que ainda há “muitos direitos por cumprir, e se não se cumprem os das crianças, também Abril está por cumprir”.

Do Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda, a diretora Rosalina Pinto, depois de agradecer a escolha da escola sede para receber o painel, foi incisiva ao afirmar que “há muito por cumprir em Guimarães”, no que toca a direitos das crianças. “A dificuldade de ter professores para os nossos alunos, que moram em quartos, têm dificuldades no acesso à saúde. Estão aqui alguns decisores políticos, da Assembleia da República, a responsabilidade também é vossa. Sou otimista e acredito que as coisas vão mudar”, disse.

Henriqueta Fernandes, presidente da CPCJ de Guimarães, assume que no território, “ainda há muito trabalho”. “Há crianças que precisam de nós e estamos aqui para trabalhar”.

Uma nota para o projeto de intervenção social “Porta 7”, promovido pela Fraterna, e que, através dos alunos da EB de Pevidém, abrilhantou a cerimónia protocolar, com música e teatro.

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