Domingos Bragança diz que município pode assumir a requalificação da Igreja de Santa Marinha da Costa
Na reunião do executivo municipal, realizada nesta quinta-feira, dia 09 de novembro, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães esclareceu que o município "assumirá, em última instância, a responsabilidade de realizar a obra, desde que o proprietário do imóvel nos transfira o valor total."
Domingos Bragança contou que alertou as entidades responsáveis sobre a degradação do espaço, e que acabou por assumir a responsabilidade com a DRCN – Direção Geral da Cultura do Norte, o Ministério das Finanças, a Comissão Fabriqueira, e com a arquidiocese de Braga, depois de “nenhuma das entidades assumir diretamente querer fazer a obra”.
O edil espera que a reabilitação se faça em 2024, apesar de não atribuir um prazo final em concreto. O presidente do município explicou que só pode ter uma noção do período “quando o projeto estiver aprovado e o contrato estiver elaborado para levar a obra a concurso”. A entrega do projeto é da responsabilidade da DRCN e, de acordo com o autarca, esta entidade “está a terminar o projeto, devidamente aprovado.”
No que concerne à obra em termos práticos, Domingos Bragança explicou também que, numa primeira fase, a intervenção passará pela “reabilitação do telhado e das partes da igreja com deterioração e infiltrações.” Haverá ainda um segundo projeto.
O tema foi debatido antes dos pontos da ordem do dia da reunião de câmara, depois de Vânia Dias da Silva, vereadora eleita pela coligação “Juntos por Guimarães”, ter questionado Domingos Bragança acerca do ponto de situação das intervenções na Igreja de Santa Marinha da Costa. A democrata cristã lembrou que o espaço “está num estado de degradação visível a olho nu e está há mais de uma década à espera de obras.
A vereadora da oposição espera “que a situação tenha um desfecho em breve”, justificando que “há zonas da igreja que estão interditas ao público pelo perigo constituído pela falta de obras. Há zonas da igreja que estão a cair literalmente em cima das pessoas e é uma questão de segurança. Trata-se de um património com elevadíssimo valor histórico, que tem azulejos que têm que ser preservados, obras de arte sacra que estão em risco de ser perdidas”, frisou.
Vânia Dias da Silva lembrou, ainda, que a “DRCN, como sempre, não responde de forma eficaz e rápida à questão”, e vincou que “é preciso que a entidade assuma um compromisso com a câmara.” Além disso, a social-democrata apontou que “tem de se lançar um concurso em breve, para que se possa rapidamente intervir. Não podemos deixar passar mais um ano sem que o problema se resolva.”
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