Ecossistema Colaborativo e Multimodal da ULS do Alto Ave passa a integrar programa da Harvard Medical School

As 30 instituições Académicas, Autárquicas, do Terceiro Sector e Tecnológicas que constituem o Ecossistema Colaborativo Multimodal em Saúde do Alto (ECMS/AAVE) promoveram as suas primeiras Jornadas de Estruturação, com o objetivo de "melhorar continuamente as múltiplas interações já implementadas e exponenciar o seu potencial de intervenção clínica, social e económica, bem como definir uma estratégia comum na modernização, humanização e acesso a cuidados de saúde de qualidade".

© CMG

Assim na manhã de sexta feira, 05 de junho, no Palácio Vila Flor em Guimarães, realizaram-se as primeiras Jornadas de Estruturação do Ecossistema Colaborativo Multimodal em Saúde do Alto Ave, que contaram com presença de autarcas dos seis municípios da área de influência da Unidade Local de Saúde, também de representantes da Comunidade Intermunicipal do Alto Ave, os reitores das Universidades do Minho, Portucalense e CESPU, Maria Belém Roseira, jurista e ex-Ministra da Saúde, presidentes de várias Escolas Universitárias e Instituições de Saúde, representantes da União das Misericórdias Portuguesas e de oitos Santas Casas da Misericórdia. Ainda de múltiplos profissionais de Saúde, Administradores Hospitalares, Economistas, Juristas e Investigadores.

Participou ainda nestas jornadas, via online, Chris Roussin, professor do Center for Medical Simulation da Harvard Medical School que apresentou o Programa ALPS (Apllied Learning for Performance and Safety) focado na construção de estratégias de Integração de Cuidados, Simulação Médica e Saúde Organizacional.

A ULS Alto Ave recebeu, após essa intervenção e pela voz de Pedro Cunha, presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Ave, a notícia de que tinha sido aceite a sua candidatura para se tornar a afiliada portuguesa deste programa, sendo este um “enorme desafio e responsabilidade que seguramente dará suporte à estratégia de articulação de cuidados e potenciação de trabalho multidisciplinar, prestação de cuidados de excelência com estratégias de vanguarda que incluem a simulação médica”.

Nas jornadas, as comissões técnicas, que envolveram cerca de 100 participantes das instituições presentes, trabalharam sobre temas essenciais à concretização de políticas locais integradas, estabelecendo 28 planos de ação em temas tão diversos como a estruturação de um polo potenciador do Investimento em Investigação, Ensino e I&D, as estratégias de Complementaridade e Proximidade da Prestação de Cuidados em Saúde, definição de um Modelo Integrado de Intervenção Social, a construção de um novo Modelo de Gestão da Operação Assistencial – Integração Digital, Interoperabilidade de plataformas e Gémeos Digitais, estratégias de Sustentabilidade, Procurement e Economia Circular e compatibilização dos Modelos de Financiamento em Saúde e das Estratégias de Acessibilidade.

© Cláudia Sampaio

A encerrar a sessão, Domingos Bragança, presidente da CIM do Ave e da Câmara Municipal de Guimarães, garantiu que o ecossistema colaborativo e multimodal em saúde é para continuar. “Nós não vamos desistir deste projeto-piloto. A saúde diz respeito a todos nós e no nosso território temos muitos recursos que devem ser partilhados e colocados à disposição dos cidadãos. Temos que construir um ‘território inteligente’ em saúde”, frisou.

Domingos Bragança referiu ainda a importância dos Centros de Saúde nos cuidados pré-hospitalares, nomeadamente no diagnóstico e na prevenção. Retardar o máximo possível a perda de independência e interação social dos cidadãos é também um objetivo do responsável pela autarquia vimaranense, para o qual uma rede colaborativa que envolva várias dimensões de intervenção no território é essencial. “Queremos fazer este trabalho”, disse.

O ECMS/AAVE anuncia, com este Ecossistema Colaborativo e Multimodal, pretender “edificar uma nova solução em saúde” onde, para além de uma nova estratégia de articulação e oferta de cuidados, pretende intervir de forma estruturada com as instituições que o compõem, em outros determinantes que normalmente não são da abordados no contexto isolado das instituições de saúde. Este novo modelo permitirá, acrescenta a mesma fonte, ainda uma restruturação administrativa, financeira e logística, das instituições, uma estratégia académica, de capacitação técnica e formação contínua, associada a um processo de investigação e desenvolvimento e inovação, e maior proximidade na prestação de cuidados.

© ULS Alto Ave

Os planos de ação serão transformados num documento único que constituirá o Roteiro de Implementação de medidas deste novo Ecossistema, antecipando-se que estas primeiras estratégias estejam implementadas até 31 de Dezembro.

A atracção de investimento Científico e Inovação conta com as já descritas instituições; com o apoio do terceiro setor contribuir-se-á para uma estratégia de apoio social articulado e para o alargamento da malha de ação da ULS do Alto Ave, e as autarquias, que serão decisivas para a definição de estratégias para a promoção da saúde, prevenção de doença e envelhecimento ativo, para a criação de um polo de atração de investimento estratégico, para a fixação progressiva de recursos humanos diferenciados, para a modernização e capacitação da ULS nos domínios tecnológico e de recursos humanos, acrescenta a Unidade Local de Saúde do Alto Ave, presidida pelo médico Pedro Cunha.

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