Eduardo Fernandes, membro da Assembleia de Freguesia da União das Freguesias de Souto Santa Maria, Souto São Salvador e Gondomar, foi alvo de uma queixa apresentada pelos membros socialistas pelo alegado crime de subtração de documento, violação da reserva de vida privada e dados pessoais e introdução em lugar vedado ao público.

Recorde-se que no final do passado ano, Eduardo Fernandes divulgou um documento, no Facebook, escrito por José Luís Ribeiro, presidente da união de freguesias, a propósito da desagregação da união das freguesias. O documento foi encontrado num dia em que todos os membros tinham votado a favor da desagregação de freguesias.

“José Luís Ribeiro apresentou-nos um documento com uma data que não era a data em que foi realizada a assembleia de freguesia para votar a desagregação de freguesias. É óbvio que nunca assinaríamos um documento destes (vulgo, falso). A juntar a isto, a ata dessa assembleia de freguesia nunca foi votada nem apresentada à assembleia”, justificou.

O social-democrata foi ilibado e pronunciou-se nas suas redes sociais sobre o sucedido, justificando o seu silêncio até ao momento “para que a justiça pudesse funcionar”.

“Mantive-me em silêncio para que a justiça pudesse funcionar”, começou por referir.

“Não acredito na judicialização da política. Fiquei na situação de estar a ser processado por membros de um órgão que eu tenho que supervisionar. Se isto não é pressão política, é o quê?”, questionou.

Reiterando que “todos concordamos que não falta matéria judicial para se investigar”, Eduardo Fernandes apelou a que não pusessem em causa causa seriedade. “Não somos todos iguais. Nem todos andamos aqui para fazer mal. Podem não acreditar, talvez porque não são assim, mas eu estou aqui para ajudar e fazer bem”, concluiu.