EM SÃO TORCATO, FALOU-SE SOBRE A DEPRESSÃO PARA ESCLARECER E INFORMAR A POPULAÇÃO
A próxima conferência não tem ainda data marcada, mas será brevemente anunciada.

Na primeira de um ciclo de conferências, em São Torcato, falou-se sobre a depressão e o suicídio. Próxima sessão será anunciada em breve.

O Centro de Atividades da Irmandade de São Torcato viu-se, no sábado passado, com lotação esgotada. O motivo? A primeira de um ciclo de conferências sobre saúde organizado pela Junta de Freguesia de São Torcato e pela Clinilago, cujo tema, a depressão e o combate ao suicídio, levou “mais de 100 pessoas” àquele local. A organização justificou, via comunicado, a escolha do tema com a prevalência deste distúrbio na sociedade atual: “A depressão está associada ao sofrimento profundo e é um problema enorme para as pessoas afetadas, com impacto significativo na qualidade de vida. Além disso, é um fator de risco importante para o suicídio”.
“Achamos pertinente realizar este ciclo e esta conferência em particular porque há um conjunto de informação que chega às pessoas distorcida. Havia e há uma necessidade de dotar a população com ferramentas para perceber se está numa situação dessas ou se alguém do seu núcleo mais próximo está”, explica o presidente da Junta de Freguesia de São Torcato, Alberto Martins, ao Mais Guimarães. Emanuela Lopes, psicóloga clínica e uma das oradoras na sessão, a par de Rosa Rodrigues (médica psiquiatra), destacou a importância de levar estes assuntos às populações. “Chegam-nos muitas pessoas com estes problemas e com depressões por diagnosticar. É uma doença com grande prevalência na população. Em Guimarães, e especialmente em São Torcato, é um problema muito grave, também pelo consumo de substâncias aditivas, por exemplo. É preciso ir ao encontro das populações”, frisou, ao Mais Guimarães
O autarca de São Torcato corrobora as palavras de Emanuela Lopes; por isso, devido “às questões conjunturais da sociedade moderna”, foi prioritário abordar o tema junto da população daquela vila. “Identificamos, em São Torcato em específico, uma prevalência maior sobre este tipo de problemas, tal como o suicídio e as questões aditivas”, refere Alberto Martins.
Para a psicóloga clínica, é importante que as pessoas estejam atentas a sintomas, tanto em si próprias como em quem as rodeia, e aponta alguns: “Alterações do sono, com insónia e hipersónia, cansaço, perda de energia, fadiga, falta de autoestima, sentimento de inutilidade, falta de atenção. Também o desinteresse por coisas que dantes achávamos interessantes, tristeza, apatia, alteração do desejo sexual. A nível de sintomas físicos, por exemplo, alterações no sistema gastrointestinal.” E falar sobre estes problemas é, para Emanuela Lopes, um contributo para se contornar o estigma associado “a todas as doenças do foro mental”. “A depressão é uma doença do cérebro, não se escolhe estar deprimido”, reforça.
As conferências “não são de massas”, mas, ainda assim, o presidente da junta considera que a participação é motivo de “satisfação e de orgulho”. A próxima conferência não tem ainda data marcada, mas será brevemente anunciada.
Artigo atualizado às 12h43 com as declarações da psicóloga clínica Emanuela Lopes.
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