EMPRESA QUE EXPLORA O PARQUE DE CAMPISMO DE QUEIMADELA FORNECE GOLAS À ANPC

A empresa que explora o Parque de Campismo de Queimadela, [...]

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Ricardo Fernandes, proprietário da Foxtrot

A empresa que explora o Parque de Campismo de Queimadela, em Fafe, foi a fornecedora das polémicas golas antifumo e dos kits para a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), que, em notícia avançada  pela revista Sábado e pelo JN, se soube que são inflamáveis.A Foxtrot – Aventura, Unipessoal Lda, foi constituída a 18 de dezembro de 2017 e tem como objeto o “turismo de natureza”, além de “exploração de parque de campismo e caravanismo, exploração de estabelecimentos de restauração e de bebidas, nomeadamente bares e restaurantes, “exploração de minimercado, comércio, importação e exportação de produtos alimentares, bebidas e tabaco”. A empresa explora o bar junto à barragem de Queimadela e, naturalmente, um pequeno minimercado no interior do parque de campismo.

Apesar do seu objeto nada ter que ver com segurança, a Foxtrot celebrou dois contratos em uma semana, o primeiro a 13 e o segundo a 20 de junho de 2018 com a ANPC. Os dois contratos totalizaram um valor superior a 300 mil euros, para uma empresa com seis meses de existência.A Foxtrot é detida por Ricardo Nuno Peixoto Fernandes, casado em comunhão de adquiridos com Isilda Gomes da Silva, presidente de junta de freguesia de Longos, eleita pelo Partido Socialista.

O primeiro contrato celebrado entre a Foxtrot e a ANPC, representada por Carlos Mourato Nunes (cuja filha foi nomeada para o governo em novembro) é referente à aquisição de 70 mil golas a entregar em 30 dias. O valor deste contrato é de mais de 125 mil euros, mais de um euro e meio por gola, que se sabe agora, não passam de bocados de poliéster. Uma semana depois, novo contrato, no valor de quase 203 mil euros, assinado pelos mesmo agentes, agora para “15 mil kits de autoproteção no âmbito dos programas ‘Aldeia Segura’ e ‘Pessoas Seguras'”. Nenhum do material em causa tinha qualquer propriedade anti-inflamável.

Ricardo Fernandes “jura” que pensava “que isto seria usado em ações de merchandising.” Se fosse para usar em cenários de fogo, “as golas seriam de outro material e com tratamento para suportar esses cenários,”n afirma Ricardo Fernandes. Ao JN a ANPC já veio dizer que o equipamento não é de “proteção individual,” no entanto, os kits foram adquiridos no âmbito dos programas Aldeia Segura e Pessoas Seguras.

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