Acentua–se o conflito armado na Ucrânia e, por esta altura, são muitos os bens que fazem falta ao povo ucrâniano. Assim, várias entidades criaram angariações de fundos para ajudar a população com aquilo que mais precisam desde agasalhos e medicamentos, a bens alimentares e de higiene.

Além dos diversos movimentos levados a cabo a nível nacional, também em Guimarães já se fazem notar diversas iniciativas por parte de instituições e empresas. É precisamente o caso da AS Imobiliária, que participa na recolha de mantimentos em todas as suas agências. A empresa elaborou uma lista de bens prioritários a serem enviados para os bancos alimentares que irão fazer a viagem para a Ucrânia nos próximos dias. Através da sua página oficial, a AS Imobiliária informou que a recolhe decorre de segunda a sexta-feira, entre as 9h30 e as 19h00, e também ao sábado entre as 09h00 e as 13h00.

Também a Junta de Freguesia de Selho São Cristóvão se associou à campanha da Windoor Porto, que promove a recolha de bens essenciais até ao próximo dia 3 de março. Assim, até este dia, pelas 11h30, todos os donativos entregues na sede da junta de freguesia serão entregues nas lojas WinDoor, com destino à Ucrânia.

A onda de solidariedade também se estende a alguns empresários do concelho, que têm usado os meios ao seu alcance para ajudar os cidadãos ucranianos. Rui Machado, administrador da BeStitch, anunciou este domingo que irá contactar a embaixada da Ucrânia com o objetivo de demonstrar a sua “disponibilidade para acolher quatro ou cinco famílias de refugiados, com garantia de emprego, habitação, escola para as crianças, plano de seguro de saúde e professores para ensinar a língua portuguesa”.

“Acredito que outros seguirão o meu exemplo”, refere o empresário nas redes sociais, acrescentado que “Guimarães pode e deve receber gente desse grande povo” promovendo a integração e o “respeito pelas suas idiossincrasias”.

Ainda este fim de semana foi criado um grupo na rede social Facebook, denominado de “Acolher Ucrânia Guimarães”, que tem reunido diversos cidadãos e empresas que oferecem os seus serviços para ajudar o povo ucraniano, permitindo também localizar pontos de recolha de bens essenciais que serão transportados para o país.

A Farmácia Hórus é também um ponto de recolha de material. “Iremos fazer a entrega de todo o material recolhido num dos locais de recolha no Porto com destino à Ucrânia”, informam, relembrando que os pedidos mais urgente são de comida com prazos de validade extensos, artigos de higiene pessoal, desinfetantes, fraldas para crianças e idosos, mantas, cobertores, sacos-cama, calçado, vestuário, material para kits de Primeiros Socorros, e lanternas, powerbanks, pilhas e rádios.

Como ajudar a nível nacional

A nível nacional, destaque para a plataforma a plataforma digital www.wehelpukraine.org liga a procura de emergência com a oferta solidária, num único espaço e a nível global.

O projeto, que arrancou no passado sábado, já tem mais de uma centena de pessoas e organizações a desenvolver e gerir a plataforma, que funcionará como um “Airbnb” para encontrar e disponibilizar oportunidades de alojamento, medicamentos e ofertas de trabalho. Os contactos poderão ser feitos em inglês, português e ucraniano para atendimento por telefone, e-mail, mensagens instantâneas, videoconferência e outros canais de comunicação.