Entre o Cononavirus e a Teia da Esperança

Por Eliseu Sampaio.

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Por Eliseu Sampaio.
Guimarães, o país e o mundo estão mergulhados em angústia. A pandemia da covid-19 promete fazer milhões de vítimas nos 05 continentes.

Esta ameaça obrigou-nos ao recolhimento, a ficarmos enclausurados nas nossas casas, de modo a limitarmos a propagação do coronavírus. O objetivo primeiro é evitarmos que os nossos serviços de saúde não colapsem no pico de afluência aos hospitais, agora previsto para meados de maio. A maioria de nós será infetada, a maioria de nós não terá problemas significativos, mas os mais velhos preocupam-nos de sobremaneira.

Estamos longe da família e dos amigos, da outra família que escolhemos, e isso custa-nos. Estamos, simultaneamente a recuperar o gosto pelas coisas simples e belas da vida, como estar em família, a valorizar os beijos e abraços que agora não podemos dar com a mesma tranquilidade aos que amamos. A probabilidade de sairmos disto doridos mas ainda melhores pessoas é muita. Aproveitemos este tempo para pensar nas mudanças. Este é também tempo de esperança.

A Teia da Esperança
A teia tecida
nas noites de esperança,
rasgada e ferida,
segue a nossa andança.

E juntos, mãos dadas,
olhamos pra ela,
vontades paradas,
quais barcos sem vela.

Amigo, que o braço
cansado de tédio
ergamos no espaço!
É esse o remédio.

Depois de cerzidas,
não ficam marcadas
profundas feridas
em teias rasgadas!

Isabel Gouveia, in “Poemas Vários (1950-1975)”

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