Ex-presidente do IHRU acusa Câmara de Guimarães de “fugir com o rabo a seringa”
Victor Reis muito contundente com a Câmara de Guimarães.

Victor Reis, presidente do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, entre 2012 e 2017, falava na conferência Urbanismo e Sustentabilidade – Políticas de Habitação, organizada pelo PSD Guimarães. A conferência decorreu online, na quarta-feira, dia 3 e além do ex-presidente do IHRU, foi também orador o presidente da Concelhia social-democrata Bruno Fernandes.

Victor Reis deixou clara a sua opinião relativamente à posição da Câmara de Guimarães no que toca a assumir o parque habitacional do Instituto: “no caso de Guimarães, a Câmara anda há anos a ‘fugir com o rabo á seringa'”.
O ex-presidente do IHRU afirma que “a Câmara Municipal de Guimarães recusou receber o património habitacional do IHRU, transferido a título absolutamente gratuito, ao contrário de muitas câmaras portuguesas”.
Victor Reis não aceita como boa a justificação de que o edificado precisa de obras e diz que muito dele está recuperado. Para o antigo responsável pela IHRU, a Câmara foge à responsabilidade de gerir um património “muito problemático”.
A Câmara de Guimarães não quer receber património do IHRU, invocando que precisa de obras mas o que é certo é que muito dele está recuperado. Penso, sinceramente, que o problema é que a gestão deste património é muito problemático”.
“É necessário apurar quem levou esta gente ao engano” Victor Reis
Victor Reis foi também muito contundente com os partidos da geringonça. Acusa PS, PCP e BE de prometerem alterações na lei que iria evitar a subida das rendas. Agora “há famílias com dívidas superiores a 25 mil euros”, rendas e juros de mora, uma situação que continua a agravar-se e que só chegou a este ponto devido às famílias terem sido iludidas com promessas.
Para Victor Reis é claro que “para muitas destas famílias só vai haver uma solução que é acordos de regularização de dívidas”, para evitar despejos por falta de pagamento. O ex-presidente do IHRU alertou para o facto de já haver famílias que perderam ações em tribunal e que os despejos só não avançam porque estão a ser guardados na gaveta.
“É necessário apurar quem levou esta gente ao engano”, exige. Para as famílias, como os moradores do bairro da Nossa Senhora da Conceição, Victor Reis acha que só há uma solução: acordos com o IHRU que permitam o pagamento faseado.
Vítor Reis acusa a “geringonça” de “vandalismo legislativo” que, a par com o “boom” do turismo, teve como consequência uma aumento descontrolado do preço das rendas.
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