Exposições no CAAA refletem sobre o legado de Raul Brandão e as paisagens do presente
“Gramáticas Pardas” e “andam também os mortos” podem ser visitadas nas galerias do CAAA até 31 de dezembro de 2025, durante o horário regular do espaço.

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O Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura (CAAA), em Guimarães, inaugura no próximo dia 1 de novembro, às 16h00, duas novas exposições que exploram as relações entre memória, território e transformação. As mostras, intituladas “Gramáticas Pardas”, de Carla Cruz e Cláudia Lopes, com curadoria de Ana Anacleto, e “andam também os mortos – Paisagens Ciberliterárias sobre Memórias”, do projeto digito_indivíduo_coletivo, estarão patentes até ao final do ano.
Em “Gramáticas Pardas”, Carla Cruz e Cláudia Lopes partem dos territórios afetivos — reais e ficcionados — para apresentar um conjunto de obras que resultam de uma “compostagem de matérias sensíveis”, refletindo sobre um mundo em constante mutação. A exposição propõe um olhar atento sobre os processos de transformação e reinvenção da relação humana com o espaço e o tempo.
Já “andam também os mortos – Paisagens Ciberliterárias sobre Memórias” assinala o centenário de Memórias II (1925–2025), de Raul Brandão, e nasce de um processo de criação colaborativa com a comunidade de Nespereira – onde o escritor viveu entre 1912 e 1930 – e com alunos da Escola Secundária Francisco de Holanda, em Guimarães.
A instalação ciberliterária interativa conjuga escrita, som e imagem para explorar novas formas de reinscrever a memória no presente tecnológico. Estruturada em quatro camadas, mediação, iteração, rarefação e instanciação, a obra reflete diferentes modos de transformação do ato de lembrar.





