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Famílias preparam regresso às aulas com gastos mais contidos

Cabaz com artigos escolares custa, este ano, mais 16,5% em comparação com agosto do ano passado.

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Dentro de duas semanas, milhares de crianças e jovens estão de volta às escolas. A verdade é que o regresso às aulas representa um peso acrescido na carteira das famílias, especialmente este ano em que é notório um aumento significativo em todos os produtos e serviços.

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De acordo com a Deco Proteste, organização de defesa do consumidor, a taxa de poupança dos portugueses iniciou um trajeto de queda acentuada. Hoje, um cabaz alimentar custa hoje mais 22,11 euros do que no início do ano e o setor da energia já antecipa aumentos nas suas faturas que terão um novo impacto na gestão orçamental dos portugueses.

Naturalmente, os materiais escolares não são exceção. Uma análise do KuantoKusta revela que um cabaz com artigos escolares custa, este ano, mais 16,5% em comparação com agosto do ano passado.

Para a compra do respetivo material escolar e livros, 35% dos consumidores prevê gastar até 50 euros, 33% pretende gastar até 100 euros e 32% até 200 euros. São dados divulgados pela Escolha do Consumidor, que avaliam ainda que quase 70% das famílias opta por efetuar as suas compras de material escolar nos hipermercados ou supermercados.

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Cristina Freitas, proprietária de uma livraria em Guimarães, confirma que a corrida ao material escolar ainda não começou. “Ainda estamos um pouco estagnados porque os pais costumam esperar pelas listas que os professores fornecem com o material necessário”, adiantou, acrescentando que, ainda assim, já foram vendidos alguns cadernos “mais caros”.

Para Carla Barbosa, a preparação para o regresso às aulas tem decorrido nos moldes habituais, com “altos e baixos”. Depois de dois anos de pandemia em que as crianças precisaram de menos material escolar, “já se nota uma maior necessidade de material escolar, que já tinha começado no decorrer do ano anterior”.

A responsável pela livraria localizada em frente à EB 2,3 João de Meira confessa que a contenção de gastos é generalizada, não só no que ao material escolar diz respeito.

“Principalmente os mais pequenos e as meninas gostam mais de escolher o material. Chegam cá e pedem ver as novidades. Enquanto pais, damos o que conseguimos. É o que estamos habituados, já que em Portugal estamos em contenção há muitos anos”, finalizou.

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Vouchers aliviam a despesa, mas há quem possa começar o ano sem livros

É unanime que os vouchers para os manuais escolares representam uma poupança muito significativa nos orçamentos familiares.

O processo de disponibilização de manuais escolares gratuitos está a decorrer pelo quarto ano consecutivo, num processo que se diz “fácil e prático”.

Os vouchers são emitidos gradualmente, à medida que as turmas são criadas e devidamente carregadas pelas escolas. Para beneficiar dos livros escolares gratuitos, o primeiro passo passa pelo registo na plataforma MEGA ou na app Edu Rede. Os encarregados deverão consultar a disponibilidade dos vouchers, podendo também receber a notificação através de e-mail. Depois de recebida essa notificação de disponibilidade, basta dirigirem-se às escolas para levantarem os vouchers que podem corresponder a livros novos ou usados.  No primeiro caso, devem dirigir-se a uma das livrarias aderentes para a encomenda dos respetivos manuais às editoras.

Tal como habitual, nem todos os vouchers estão distribuídos, por esta altura, em todas as escolas. Mas se há atrasos nas instituições de ensino, o mesmo se verifica nas editoras.

Cristina Freitas confirma que “este ano as coisas estão um pouco confusas porque há escolas ainda sem vouchers”. “Estamos a 15 dias do arranque e as editoras estão muito atrasadas, o que significa que vão começar as aulas e haverão crianças sem livros”, revelou.

Apesar das dificuldades de última hora, confirma que “este é um bom sistema”, até porque, apesar das novas entradas, se verifica que “há muitos livros reutilizáveis”.

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Laura Vilela, encarregada de educação de um aluno do 5º ano de escolaridade, confirmou que “este ano está a ser mais difícil”. Além de ainda não ter recebido todos os vouchers, diz ter notado “que o material escolar está mais caro” e que “tudo encareceu”. “Todos os aumentos são pesados para as famílias, uma vez que os salários não acompanham essa tendência e é preciso uma ginástica orçamental”, acrescentou.

Para Sofia Cardoso, a realidade é um pouco distinta. Do seu lado já tem todos os vouchers necessários para os livros da sua filha, que frequenta o 11º ano. Partilha da opinião de que “infelizmente, tudo está mais caro”. A solução para fazer face às despesas associadas ao material escolar passará por “reduzir noutras coisas”. “Quando chega esta altura do ano, já sabemos com o que contar e temos de nos preparar para isso”, confessou.

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