Feira Afonsina até terça-feira: “O Dia Um de Portugal merece ser feriado nacional”, diz Domingos Bragança
A 13ª edição da Feira Afonsina já decorre em Guimarães, transformando o centro histórico da cidade num cenário medieval vivo, até ao dia 24 de junho.

© Helena Lopes/Mais Guimarães
Sob o mote “A Investidura de Afonso Henriques”, a edição deste ano evoca o momento em que o futuro rei de Portugal se armou cavaleiro na Sé de Zamora, em 1125, num gesto simbólico da sua determinação em conquistar um reino independente.
Na cerimónia de abertura, realizada esta sexta-feira, no Largo da Oliveira, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, destacou a importância e a dimensão do evento no panorama cultural da cidade. “A par das Gualterianas, é uma das maiores festas de Guimarães, com uma notoriedade excecional”, afirmou. O autarca sublinhou ainda o papel da Feira na valorização da identidade histórica de Guimarães e na promoção da Batalha de São Mamede: “Pretendemos recriar esse tempo e afirmar que a Batalha de São Mamede é a decisiva da independência de Portugal. A partir daí foram atos consequentes”.

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Domingos Bragança reiterou também o desejo de ver o 24 de junho reconhecido oficialmente como feriado nacional. “Com esta festa de recriação histórica, queremos dizer ao país com orgulho que somos o berço da nacionalidade. Pretendemos partilhar este orgulho com todos os portugueses e mostrar que o Dia Um de Portugal merece ser feriado nacional”, defendeu.
O ponto alto da programação é precisamente a recriação da investidura de Afonso Henriques, um espetáculo encenado no Largo da Misericórdia, todos os dias até 23 de junho, às 22h00. A cerimónia, inspirada nos ritos régios da época, é antecedida por um cortejo que parte do Largo da Oliveira.

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A Feira Afonsina oferece ainda uma experiência imersiva em várias zonas temáticas que recriam o quotidiano medieval, com bancas de artesãos, mercadores, espaços dedicados à corte, jogos tradicionais, gastronomia da época e atividades educativas para todas as idades. Entre os espaços destacados estão o Jardim dos Infantes, o Largo do Oculto, o Poiso das Barricas, o Quelho das Desgraças e a Praça de Ofícios.
Este ano, o certame conta com 20 associações locais nas zonas de iguarias e um aumento de 94 para 105 postos de mercadores. Mais de 150 artistas participam na programação cultural com música, dança, teatro, esgrima histórica, artes circenses, demonstrações de ofícios e espetáculos de cavalaria.

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O encerramento da Feira Afonsina está marcado para a noite de 24 de junho, com o tradicional Folguedo Final, às 21h30. O espetáculo itinerante parte da Estátua de Afonso Henriques e percorre o centro histórico até à Igreja da Oliveira, celebrando a identidade vimaranense com música e dança popular.
Para garantir acessibilidade a todos os visitantes, o Município reforçou os meios de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, disponibilizando estacionamento reservado em várias zonas centrais e parques públicos com acessos adaptados. As entradas recomendadas para pessoas com mobilidade condicionada situam-se na Rua Serpa Pinto, Rua Conde D. Henrique e Largo Navarros de Andrade.
A sessão solene do 24 de Junho está agendada para esse dia, ás 21h00, no Campo de S. Mamede.