Feira Afonsina: Guimarães regressa aos Alicerces do Reino durante quatro dias

A cidade de Guimarães regressa de novo à Idade Média e recebe um dos eventos mais acarinhados pelos vimaranenses.  A Feira Afonsina começa esta sexta-feira, dia 21 de junho e termina no dia 24 de junho, dia em que também se celebra a Batalha de São Mamede. O evento está inserido no programa de celebrações do "Dia Um de Portugal.

© Marco Jacobeu

As ruas da cidade berço voltarão a representar o período que antecede a Batalha de S. Mamede, em 1128, revisitando a época dos primeiros reis de Portugal.  Para esta 12ª edição, o Município de Guimarães pretende “dar continuidade ao evento proporcionando a todos os visitantes uma experiência inesquecível no tempo, através da construção de espaços temáticos que caracterizarão os quatro dias do evento”, pode ler-se no site do município.

Tendo como mote o “Dia Um de Portugal”, e procurando manter a vertente pedagógica, a Feira Afonsina, na edição de 2024, procura dar destaque às Ordens Militares e Religiosas que tiveram um papel fundamental, quer na conquista territorial, quer na organização da sociedade que se foi verificando após a Batalha de S. Mamede.

A viagem, de quatro dias, contará com vários momentos de recriação histórica, espetáculos, sete áreas temáticas, oito atividades e um mercado, onde não faltará o repasto tradicional, o comércio de artesanato e vários utensílios medievais. São cerca de 100 artistas, 18 companhias de teatro, mais de 100 expositores comerciais e 70 voluntários os envolvidos na Feira Afonsina.

O programa da Sessão Solene inicia-se no dia 22 de junho, com uma demonstração de meios do Exército Português no Campo de S. Mamede, patente até 23 de junho, e um “Concerto de Órgão comemorativo da Batalha de S. Mamede”, no dia 22 junho às 21h30 e no dia 23 às 16h30, organizado pela Colegiada N. Srª. da Oliveira.

Serão quatro dias de representação dos acontecimentos ocorridos na fundação de Portugal.  A começar pela representação histórica que se realizará sob o tema “Os Alicerces do Reino”. Neste momento, será representado a altura em que Afonso Henriques adotou o título de príncipe e impôs-se como governante do Condado, após a vitória na Batalha de São Mamede, ocorrida a 24 de junho de 1128. Na representação vai ser possível ver os planos que Afonso Henriques adotou para alicerçar as bases do futuro novo reino, alargar os limites do seu poder, conquistar terras mouriscas e tornar definitiva a separação política e religiosa da Galiza. Esta atração vai decorrer nos quatro dias do evento, na Encosta Sul do Castelo de Guimarães, a começar por sexta-feira  às 21h00 e 23h00; às 17h00, 21h00 e 23h00 de sábado e domingo;  e às 15h00, 17h00 e 21h00 de segunda-feira.

Para além deste, haverão outros espetáculos que animarão a cidade, exemplo disso é o Torneio de Armas e a Alma Templária. O Folguedo Final é, como já é habitual, um dos espetáculos mais aguardados pelos vimaranenses onde um par de trovadores insiste em continuar o folguedo.

© Joana Meneses/ Mais Guimarães

As várias áreas temáticas estarão distribuídas por vários pontos da cidade. O Acampamento das Ordens terá, no mesmo espaço, dois acampamentos distintos. De um lado estarão os Cavaleiros Templários ou Ordem do Templo. Para além de serem uma Ordem Religiosa, com as regras de Cister, foram principalmente uma Ordem Militar de cavalaria. No outro, a Ordem do Hospital ou os Hospitalários de São João de Jerusalém, não tinha ainda uma organização militar, mas a sua presença tomava raízes para que isso acontecesse.

É no jardim com vista para o Castelo, que os infantes do reino encontrarão o seu habitat natural, tendo à sua espera um conjunto de atividades fundamentais para o seu desenvolvimento
como oficinas de desenhos e pinturas, jogos de mesa e um conjunto alargado de brincadeiras.

Na Praça dos Ofícios, os visitantes da Feira Afonsina terão oportunidade de ver e comprovar a panóplia de profissões que existiam naquela época. A luta pela sobrevivência levava o povo a laborar de sol-a-sol. A fome e a escassez de víveres empurravam-nos para uma condição de vida miserável e fazia-se de tudo para viver mais um dia. Apenas uma uma minoria de ofícios
tinham privilégios diferentes do restante povo, como por exemplo, o ferreiro. Este gozava de privilégios que lhe dava liberdade para percorrer o reino, servindo os vários senhores feudais, nobres e o clero.

Mais do que ver, os visitantes do certame poderão comprovar como se vivia naquela época com a participação das oito atividades preparadas. Desta forma, podem fazer parte de um treino militar, experimentar táticas de combate, fazer uma refeição diferente com um peregrino, um militar ou até o bispo ou  viver num acampamento da Ordem de S. João de
Jerusalém. Para os mais pequenos, está preparada uma oficina onde poderão trabalhar com o couro e, posteriormente, transformá-lo num pequeno objeto. Para além disso, há várias atividades para eles a decorrer durante todos os dias na Biblioteca Municipal Raul Brandão. Também o tradicional Cortejo dos Petizes  faz parte do programa do evento e ocorrerá sábado, domingo e segunda-feira às 18h00.

A Feira Afonsina decorrerá entre a zona do Castelo, a Praça da Oliveira e, este ano, uma das grandes novidades, é a chegada da feira à Zona de Couros, envolvendo assim a nova zona classificada pela UNESCO, como Património Mundial da Humanidade. Por lá, vai ser possível ver vários espetáculos de música, teatro, visitas encenadas e várias oficinas. O arranque da Feira Afonsina está marcado para dia 21 de junho, às 18h00, e o encerramento para dia 24, às 22h00.

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