A quinta edição do Festival de Canto Lírico de Guimarães vai desdobrar-se durante dois anos, apresentando uma tetralogia operática original, composta, escrita e encenada por quatro compositores libretistas e encenadores portugueses contemporâneos.

Intitulada “Tetralogia Operática Sobre 4 Constituições Portuguesas”, ficou em segundo lugar no concurso nacional das áreas da Música e Ópera (Criação) do Programa de Apoio Sustentado 2023-2026, lançado pela DgArtes, na sua dimensão bienal, durante o ano de 2022.

As quatro óperas, “1822 – Mau Tempo em Portugal”, “1911 – A Conspiração da Igualdade”, “1976 – A Evolução dos Cravos” e “2030 – A Nova Ordem”, organizam-se à volta das três principais constituições liberal-democráticas portuguesas (1822, 1911 e 1976) e de uma distópica constituição não-democrática por vir.

O Festival de Canto Lírico de Guimarães quer, assim, oferecer duas temporadas de ópera clássica em Guimarães, com duas óperas agendadas para o presente ano de 2023 (a 22 de julho e 22 de dezembro) e duas outras produções operáticas já agendadas para o ano de 2024 (a 18 de maio e 14 de dezembro). Decorrerá sempre no Grande Auditório Francisca Abreu, no Centro Cultural de Vila Flor, tornando a cidade berço “um dos centros mais importantes de Portugal no que diz respeito à produção e apresentação de ópera clássica, em produção original, composta, escrita e encenada por autores portugueses”.

O evento resulta de uma parceria entre a Associação Artística Vimaranense – ASMAV, a Companhia de Ópera de Setúbal e a Associação Setúbal Voz, com o apoio da DgArtes, da Câmara Municipal de Guimarães, da Câmara Municipal de Setúbal e a participação especial da Orquestra do Norte.