Flávio Meireles: “Sou e serei um de vós”
Representou o clube durante décadas.
Flávio Meireles, que durante anos defendeu as cores do Vitória dentro e fora de campo, despediu-se da massa adepta com um texto nas redes sociais.
Leia na íntegra o texto de Flávio Meireles:
“Cresci a ouvir que os ciclos se abrem e se fecham. Aprendi ainda melhor este significado no mundo do futebol. Mas hoje, confesso, tenho alguma dificuldade em repetir esta máxima.
O ciclo Vitória será sempre impossível de se fechar na minha vida e na da minha família. Ainda hoje me lembro quando cheguei. Com apenas 15 anos, mas com tantos sonhos. O sonho de singrar no futebol e no Vitória. De vestir a camisola, de sentir o apoio dos nossos adeptos, que sabia diferentes. O sonho de ganhar um troféu pelo Vitória.
Aliás, nesse capítulo, prometi a mim mesmo, naquela tarde de 2011, que ali voltaria para, fosse em que condição fosse, ajudar a levantar a Taça. Assim foi, em mais um dos momentos que recordarei para sempre.
Mas que injusto será nomear apenas um momento. Foram tantos e tão bons, como jogador e como dirigente. Incrível pensar que já passaram 19 anos desde que regressei ao Vitória, e 30 desde que aqui entrei pela primeira vez.
Mas nestas semanas houve um telefonema que jamais esquecerei. Do outro lado, o Sr. José Luis, o nosso sócio nº1. O símbolo máximo da paixão deste clube ligou-me para me perguntar como estava e deixar-me uma palavra de conforto. Quanta honra!
O texto já vai longo, mas neste momento em que decidi interromper a minha ligação contratual ao nosso Vitória – porque a outra jamais se quebrará – queria deixar um profundo agradecimento a todos vocês: à essência do Vitória. Tudo fiz para honrar o clube e dar-lhe em dobro aquilo que ele sempre me deu.
Estendo este agradecimento, a cada um dos atletas com quem trabalhei, a todos os colaboradores com quem me cruzei, e a todos os dirigentes com quem partilhei este trajeto. Vou-me escusar de os nomear, mas tenho a certeza que saberão identificar-se nestas palavras e encontrar nelas o meu reconhecimento eterno (…)
Três notas finais:
Uma para o nosso treinador Pepa e para todo o plantel. Muita força para o que resta desta temporada, tenho a certeza que nos darão, a todos, uma grande alegria. Mostrem o que valem, eu serei mais um dos que na bancada estará a torcer por vocês.
Outra para o Moreno. És um dos nossos, e para além disso, tens mostrado toda a tua competência, agora como treinador. És um dos que saberá passar a mística do Vitória aos jovens, que estão a dar os primeiros passos. E são tantos aqueles que têm crescido pelas tuas mãos. Toda a sorte do mundo para ti e para todo o plantel. Contem com o meu grito desde a bancada para festejarmos juntos os vossos êxitos no final da época.
A última nota, o meu agradecimento, para o novo presidente António Miguel Cardoso, pela forma respeitosa como entendeu a minha decisão e até a procurou demover. Desejo-lhe o maior sucesso, porque o seu sucesso será o de todos nós.
Finalmente, meu companheiro eterno Neno, o último ano foi ainda mais difícil sem ti. Onde quer que estejas, recebe o meu obrigado por me teres dado a honra de fazer este percurso ao teu lado, no nosso Vitória.
Caros vitorianos, não vos esquecerei. Afinal de contas, sou e serei um de vós. Um filho adoptado de Guimarães, que saberá sempre respeitar a casa que me acolheu”
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