A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, templo do século XV classificado Monumento Nacional, inclui no seu património integrado o grande órgão histórico, obra do organeiro vimaranense Luís António de Carvalho, e que será o protagonista de um conjunto de eventos que combinam tradição e inovação. Um programa que conta com 30 mil euros de orçamento, mas cujo programa não está fechado.

A programação arranca a 19 de janeiro com o concerto do Coro Ensemble Cant’Arte, depois em mais, Mês de Maria, atua Tiago Sousa, no canto e na guitarra.

Junho fica marcado com o Concerto Comemorativo Batalha de S. Mamede, protagonizado por Miguel Jaloto, e em julho, Ryoko Morooka promete uma grand atuação a partir do harmónio.

A festa da padroeira, Senhora da Oliveira, ficará marcada, a 09 e 10 de agosto, por concertos de Ricardo Toste. Em outubro, também mês Mariano, à semelhança de maio, haverá um concerto do Coro Vilancico, e em novembro, Marco e Eva Brandazza, um casal suiço, vão protagonizar uma atuação a quatro mãos, naquele que será o primeiro concerto das VI Jornadas. O segundo, dias 06 e 07 de dezembro de 2025, será protagonizado por António Duarte, no órgão.

José Carlos Azevedo, diretor artístico, realçou, em conferência de imprensa, a importância da junção de esforços entre as partes. “Contamos com o apoio da Câmara de Guimarães, temos um pároco que tem muito gosto pela música, temos um instrumento que deverá ser o terceiro maior do país, é preciso dar-lhe uso, apesar de isso acontecer nas liturgias e sempre que é possível, durante a semana”, referiu.

Reconhecendo o valor histórico e patrimonial, o vereador Paulo Lopes Silva recordou o apoio do Município desde o início. “A Igreja de Nossa Senhora da Oliveira é parte fundamental da história de Guimarães e do país (…) num território que celebra tanto as suas raízes, não poderíamos deixar de nos associar e contribuir”. “Este órgão tem estado presente no grande momento da cidade, nas comemorações da Batalha S. Mamede e este ano não será exceção, precisamente devido ao reconhecimento que o Município faz”. Paulo Lopes Silva demonstrou ainda a disponibilidade da autarquia em dar continuidade ao apoio até aqui prestado, “crescendo na ambição, em conjunto com a Colegiada, e, ao mesmo tempo, colaborar também noutro tipo de ambições que possam estar aqui associadas, do ponto de vista de candidaturas nacionais, e ao nível europeu”.

Quanto ao programa, “consegue balançar um Coro Vilancico, de Guimarães, com a referência nacional como é Miguel Jaloto, o que prova que é ambicioso”, disse o vereador.

“Hoje, no meio de tantos desafios, precisamos de quem nos eleve e testemunhe a esperança, e a música é a linguagem comum que nos pode unir a todos e, por isso, a proposta que fazemos é que quem chegue e ouça o órgão, vindo para o visitar, possa perceber que o fazemos como testemunho da nossa fé”, referiu, por seu turno, o pároco Paulino Carvalho.

Os concertos serão de entrada gratuita. Disse o sacerdote que “não temos cultura para pagar por estes eventos” e que a Colegiada vai gerindo com a cobrança de entrada a turistas ao longo do ano, para proporcionar momentos gratuitos nestes concertos.