Grupo da UMinho condena ataque à Flotilha da Liberdade e apela ao reconhecimento do Estado Palestiniano

Um grupo de professores, investigadores e trabalhadores da Universidade do Minho  (UMinho), reunidos no "Grupo para a Reflexão e Contacto pela Palestina", manifestou publicamente o seu repúdio pela interceção do veleiro Madleen em águas internacionais, no âmbito da missão humanitária Flotilha da Liberdade, que procurava levar ajuda a Gaza.

© Euronews

No comunicado divulgado, o grupo denuncia o sequestro da tripulação e dos ativistas a bordo como uma violação grave do Direito Internacional, citando o artigo 87.º da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, que garante a liberdade de navegação em alto mar. “A ação é enquadrada numa escalada de violações do Direito Internacional Humanitário, tendo como pano de fundo aquilo que classificam como um genocídio em curso contra o povo palestiniano”.

Os signatários apelam ao Estado português para que condene o ataque, descrito como um “ato terrorista”, e tome medidas para garantir a entrada urgente de ajuda humanitária em Gaza. Reclamam ainda uma posição clara e firme de reconhecimento do Estado Palestiniano, em consonância com as resoluções das Nações Unidas e com os princípios humanitários universais.

O apelo é dirigido às mais altas instâncias do Estado, nomeadamente ao presidente da República, presidente da Assembleia da República, primeiro Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros, bem como às instituições de ensino superior de todo o país, convidadas a unir-se a esta tomada de posição.

O grupo sublinha que “Portugal não pode manter-se cúmplice do sofrimento do povo palestiniano”, e alerta para “o silêncio e conivência de grande parte dos Estados ocidentais, incluindo da União Europeia, perante aquilo que considera crimes reiterados contra a humanidade”.

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