Pousada Santa Marinha da Costa de Guimarães encerrada e trabalhadores transferidos para outras pousadas do Grupo Pestana.

A denúncia é feita pelo Sindicato de Hotelaria do Norte (SHN) que afirma que “dos 32 trabalhadores da Pousada de Guimarães, a GPP já transferiu à força dez trabalhadores e deu ordem de transferência a mais quatro.”

Segundo o SHN os trabalhadores, reunidos na sexta 31, em plenário com o sindicato em Guimarães, decidiram não aceitar mais transferências e apresentarem-se ao serviço no sábado, mas encontraram a Pousada encerrada. A maioria dos trabalhadores estão a ser transferidos para a Pousada Monte Santa Luzia em Viana do Castelo, mas também para as pousadas São Bento, na Caniçada, e Santa Maria do Bouro.

A decisão da empresa, para além de ilegal, segundo a mesma fonte, “representa uma violência para os trabalhadores, já que a pousada de Viana do Castelo fica a mais 80 km da residência dos colaboradores. A GPP obriga os trabalhadores a pernoitarem na Pousada para onde são transferidos durante toda a semana, pagando apenas os transportes no dia de folga dos trabalhadores”.

O sindicato já pediu a intervenção da Câmara Municipal de Guimarães, considerando que o Grupo Pestana Pousadas, S.A. está a desvalorizar a pousada, prejudicando os trabalhadores e o turismo no concelho e na região. No mesmo pedido, solicita a Domingos Bragança que interceda junto da GPP para “pôr termo à pressão que esta está a exercer sobre os trabalhadores, reabra de imediata a pousada e chame todos os trabalhadores para trabalhar”.

O sindicato solicitou ainda a intervenção da ACT e exigiu que esta “levante autos de notícia por encerramento ilícito e comunique ao Ministério Público para procedimento criminal.” A direção do Sindicato de Hotelaria do Norte vai mais longe, afirmando que a GPP “está a desviar os clientes desta pousada para outras e a transferir trabalhadores com o único objetivo de justificar prejuízos e recorrer a apoios do Estado”.