Grupos pró e contra-imigração agendam manifestação para dia 05 de outubro
Grupo 1143 e o Grupo Guimarães pela Liberdade têm manifestações agendadas para o Dia da Implantação da República, 05 de outubro, às 18h00, no centro de Guimarães.
Numa nota enviada ao Mais Guimarães, o Grupo 1143 ressalva que “nunca se realizou uma manifestação nacionalista desde o golpe de 1974 e o Berço da Nação jamais poderia ficar de fora desta nossa luta pela reconquista de Portugal”, apelando à participação de todos.
O movimento já entrou com um pedido de autorização, na Câmara de Guimarães, para realizar a manifestação de 05 de outubro. O pedido está assinado por Mário Rui Valente Machado, Gil Emanuel Teixeira Baptista da Costa e pelo vimaranense Miguel Vasco Carreira da Rocha, tal como avança o Jornal de Notícias.
Na reportagem publicada pelo jornal a 12 de agosto, o Grupo 1143, liderado por Mário Machado, é apresentado como “um grupo neonazi”, cujos elementos “odeiam etnias diferentes, defendem deportações de imigrantes em massa, estereotipam as mulheres como o sexo fraco, criam e difundem informações falsas e ameaças a estrangeiros”.
Em resposta, o movimento informal “Guimarães pela Liberdade”, avança com a informação do agendamento da manifestação para o mesmo dia, denunciando que, recentemente, tem havido uma nova onda de atos de incitamento ao ódio dirigidos contra imigrantes na cidade.
Em comunicado, o movimento alertou para ações ocorridas em agosto, que, segundo eles, são uma continuação de incidentes similares registados em janeiro deste ano, supostamente perpetrados pelo Grupo 1143. Em contacto com o Mais Guimarães, responsáveis pelo grupo 1143 negam qualquer envolvimento nos incidentes de janeiro último.
O movimento “Guimarães pela Liberdade” relata que, na noite de 15 de agosto, a mesma loja na Avenida Alberto Sampaio, que havia sido vandalizada em 26 de janeiro, foi novamente alvo de um “ataque racista”. Desta vez, autocolantes foram colados no local, e um vídeo foi produzido, exibindo a loja e utilizando um discurso que incita ao ódio e à violência contra imigrantes.
Além disso, o movimento acrescenta que, no mesmo dia e nos dias seguintes, “ativistas antirracistas foram ameaçados com a colagem de autocolantes do grupo neonazi” nas portas de suas casas e prédios. O comunicado também menciona que, no dia 20 de agosto, um grupo de indivíduos que vestiam t-shirts do grupo neonazi 1143 voltou às proximidades da loja de imigrantes para realizar mais uma ação de intimidação, colando “novos autocolantes racistas”.
Desta forma, ainda no comunicado, pedem a mobilização de todos na “Marcha pela Liberdade”, dizendo que “não podemos permitir que instrumentalizem a cidade de Guimarães e a tornem o centro do ódio para legitimar e normalizar ideologias racistas”.
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