GUIdance quer dar corpo à “mundança”, uma mudança do mundo pela dança
Rui Torrinha acredita que é necessário, “pelo momento de forte transição civilizacional”, como o que agora vivemos, “dançar com mais força para mudar o mundo. Com mais intenção, com mais despreocupação, com mais beleza, com mais caos… sobretudo com a vontade de potência que reconhecemos em cada corpo”.
A 11.ª edição do GUIdance vai decorrer de 3 a 12 de fevereiro do próximo ano e o programa foi apresentado na manhã desta quarta-feira, dia 15, no pequeno auditório do Centro Cultural Vila Flor.
“Retenção e mundança” são os dois pontos essenciais deste Festival Internacional de Dança Contemporânea de Guimarães, disse Rui Torrinha, diretor artístico do GUIdance, na apresentação.
O programa de 2022 integra 10 espetáculos, com atuações a estrear ou “pouco vistas”, devido às restrições que resultaram da pandemia, duas estreias nacionais, talks, masterclass’s e debates, que terão lugar em quatro palcos da cidade: os auditórios do Centro Cultural Vila Flor, e a blackbox do Centro de Artes José de Guimarães e da Fábrica ASA.
Esta edição acrescenta um novo termo ao dicionário. “Mundança, surgida da ousadia de fundir a palavra mundo com a palavra dança, para gerar uma ação intencional: a mudança do mundo pela dança”, referiu Rui Torrinha.
No regresso do evento, depois da sua não realização em 2021, o também programador do Centro Cultural Vila Flor, acrescentou que é necessário, “pelo momento de forte transição civilizacional”, como o que agora vivemos, “dançar com mais força para mudar o mundo. Com mais intenção, com mais despreocupação, com mais beleza, com mais caos… sobretudo com a vontade de potência que reconhecemos em cada corpo”.
Ricardo Freitas, diretor executivo d’A Oficina, deseja que o festival se realize “sem qualquer tipo de constrangimento” e referiu que o GUIdance “tem tudo o que A Oficina faz ao longo do seu ano”, referindo-se aos equipamentos ocupados, à criação e às redes nacionais e internacionais em que A Oficina está inserida.
O responsável adiantou também que, em termos de bilheteira, A Oficina não fará qualquer alteração aos preços praticados este ano, mantendo a “política de democratização do acesso à cultura”. Para este festival, anunciou, há passes para três espetáculos por 20 euros e para cinco por 30 euros, já disponíveis nos locais habituais.
O novo vereador da Cultura e presidente da direção d’A Oficina, Paulo Lopes Silva, saudou “o regresso do festival dez anos após a Capital Europeia da Cultura” destacando também a capacidade do GUIdance em se afirmar e ocupar o seu espaço na programação cultural de Guimarães.
Paulo Lopes Silva lembrou que “Guimarães teve, no passado, uma semana da dança” e que o Guidance “foi capaz de ocupar esse espaço”, e consegue fazê-lo tendo a “capacidade de perceber as mudanças” e encontrando ainda “novos caminhos e também relações com outras artes”.
Sendo este o primeiro festival do ano na programação d’A Oficina, questionado pelos jornalistas, o vereador da cultura referiu também que 2022, sendo o ano em que Guimarães comemora uma década após a Capital Europeia da Cultura, “será, mais do que um ano de comemoração, um importante ano para a reflexão sobre o caminho percorrido desde 2012 até 2022, e para perspetivar o caminho que Guimarães quer percorrer”.
Programa GUIdance 2022:
Escala
3 de fevereiro, 21h30
CCVF/Grande Auditório
Tanzanweisungen (It Won’t Be Like This Forever)
4 de fevereiro, 21h30
FÁBRICA ASA/Black Box
Sahasrara
5 de fevereiro, 18h30
CIAJG/Black Box
Kind
5 de fevereiro, 21h30
CCVF/Grande Auditório
Sons (Mentirosos) Misteriosos
6 de fevereiro, 16h00
7 de fevereiro, 10h30 e 15h00
CCVF/Pequeno Auditório
Um Gesto Que Não Passa De Uma Ameaça
9 de fevereiro, 21h30
CCVF/Pequeno Auditório
O Susto É Um Mundo
10 de fevereiro, 21h30
CCVF/Grande Auditório
Cabraqimera
11 de fevereiro, 21h30
FÁBRICA ASA/Black Box
Body Monologue
12 de fevereiro, 18h30
CIAJG/Black Box
Hands Do Not Touch Your Precious Me
12 de fevereiro, 21h30
CCVF/Grande Auditório
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