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GUIMARÃES, A CAPITAL DAS CAPITAIS

José da Rocha e Costa Gestor de empresas

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por José da Rocha e Costa

Gestor de empresas

Ficámos no passado dia 18 de Abril a saber que a candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia 2020 ficou pelo caminho. Ainda assim, a nossa cidade conseguiu conquistar um honroso 5º lugar, ficando apenas atrás das cidades de Lisboa, Lahti (Finlândia) e Ghent (Bélgica), que passaram à fase final, e também de uma outra cidade, que ficou em 4º lugar, mas que curiosamente estou com alguma dificuldade em descobrir qual foi, mesmo percorrendo a maioria dos periódicos. Se eu não soubesse do que se trata, diria que isto é sinal de que estas coisas só interessam mesmo às cidades concorrentes. Mas como sei que não é assim, prefiro realçar a candidatura vimaranense que, num concurso que premeia as cidades que apostam em políticas “amigas” do ambiente, conseguiu uma classificação bastante positiva no cômputo geral, ainda para mais, logo no 1º ano em que a cidade se apresenta a concurso. Segundo o Presidente da Câmara, Domingos Bragança, “o objectivo passa agora por prosseguir o caminho com um plano de desenvolvimento sustentável que aprofunde o trabalho já realizado para renovar a candidatura a médio prazo”, admitindo inclusivamente como horizonte o ano de 2030.

Depois de Capital Europeia da Cultura em 2012 e Capital Europeia do Desporto em 2013, Guimarães quer agora ser a Capital Verde da Europa. Contudo, e a fazer fé nas palavras dos especialistas da Comissão Europeia que avaliaram as 13 candidaturas, há ainda coisas que podem e devem ser melhoradas, a começar pela água do Rio Ave que por vezes apresenta uma tonalidade estranha. Já se sabe que os estrangeiros são gente picuinhas, que gosta de implicar com tudo. É que este é um daqueles pormenores que, com toda a certeza, o comum vimaranense nunca se tinha dado conta. Seja como for, a julgar pela má pontuação obtida no parâmetro “Qualidade da Água”, torna-se mesmo imperativo resolver de uma vez por todas o problema de poluição do Ave. Só então nos poderemos comparar a grandes vencedores de anos anteriores, cujos nomes em princípio deveríamos conhecer de cor e salteado. Senão vejam bem: Quem é que nunca planeou uma viagem à Eslovénia para ver o rio Ljubljanica, esse belíssimo afluente do rio Sava que atravessa a parte sul da cidade de Ljubljana, Capital Europeia Verde 2016? E quem nunca aproveitou um fim-de-semana prolongado para dar uma escapadela até ao país vizinho e dar umas braçadas no rio Zadorra, que atravessa a “imponente” cidade de Vitoria-Gasteiz, Capital Europeia Verde 2012?

Mas há que evitar ser fatalista, até porque verde é precisamente a cor da esperança. Estou em crer que com a limpeza do rio Ave e com um melhor “Uso Sustentado dos Solos” (outro dos parâmetros em que Guimarães não se saiu tão bem), o prémio de Capital Verde ficará aí mesmo, à distância de um fósforo, perdão, de uma floresta.

Mas depois da Capital Verde, para onde é que nos havemos de virar? Eu diria que o melhor é irmos já congeminando uma possível candidatura à Capital Europeia da Juventude 2032 e uma candidatura à Capital Europeia do Natal para o inverno de 2034. Só assim Guimarães terá condições de concorrer, no ano de 2050, ao prémio de “Capital Europeia com maior número de títulos de Capital Europeia de alguma coisa”. Não sei se o título já existe, mas parece-me uma ideia com futuro e à qual a Comissão Europeia deveria dar uma oportunidade. Uma coisa é certa, a vir a existir, somos sérios candidatos.

 

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