Guimarães recebeu esta quinta-feira, 5 de junho, mais uma edição do Planetiers Day, um evento internacional dedicado à inovação e à sustentabilidade, que decorreu no Laboratório da Paisagem. Na sessão de abertura, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, destacou o “papel fundamental da educação como motor da transformação ecológica”. “A sustentabilidade começa na forma como educamos, cuidamos e nos relacionamos com o planeta”, afirmou, sublinhando que “não há transição ecológica sem educação”. O autarca apontou a ciência, a cultura e a educação como os três pilares estruturantes da estratégia municipal rumo à regeneração ecológica e social.

Para Domingos Bragança, a distinção de Capital Verde Europeia “não é um prémio, é uma responsabilidade”. “É o reconhecimento de um caminho feito com os nossos cidadãos, com as instituições científicas, com os jovens e com a sociedade civil.” E reforçou: “Educar para a sustentabilidade é garantir justiça entre gerações”.

Ao longo do dia, o Planetiers Day promoveu debates, apresentações de projetos inovadores e performances artísticas, envolvendo diversas personalidades. Entre os oradores destacaram-se Adelina Pinto, vereadora da Educação e da Candidatura a Capital Verde, Sofia Ferreira, vereadora da Ação Climática, o Prémio Nobel da Paz Mohan Munasinghe, e a ativista indígena We’e’ena Tikuna, que trouxe uma visão ancestral sobre a preservação da biodiversidade.

Os painéis temáticos — como “Green Cities: From Decarbonization to Regeneration” e “Saúde e Bem-Estar na Era das Mudanças Climáticas”, evidenciaram o compromisso de Guimarães “com uma abordagem transversal e centrada no ser humano para enfrentar as mudanças climáticas”. A jornalista Estela Machado conduziu o evento, que terminou com uma intervenção do professor Munasinghe, centrada no futuro da humanidade em tempos de incerteza.